Dois documentários para quem gosta de literatura, principalmente de poesia – Felipe Schramm

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Geralmente, quem gosta de literatura não se contenta apenas com livros, um bom Homo Literatus sempre procura formas diversas de se aventurar pelo mundo das palavras. Documentários por exemplo, são uma excelente forma de conhecimento, e sem dúvidas existem um sem número de documentários relacionado ao universo dos livros. Um bom “doc literário” pode instigar o gosto pela leitura até de quem não é um leitor havido, além de poder trazer algum novo escritor ou livro preferido ou então aumentar ainda mais a admiração por um que já era admirado.

Separei dois documentários que chegaram até mim por indicação de uma amiga, e que me chamaram muito a atenção, cada um a sua maneira.

O primeiro, é Drummond, testemunho de uma experiência, dirigido por Maria de Andrade e lançado em 2011. “Sobre o que o senhor pretende escrever?” “Sobre tudo”, segundo o documentário, esse diálogo pode ser dito como inicio da carreira de Drummond enquanto cronista, em 29 de Setembro de 1984. O filme mostra a trajetória profissional do escritor e poeta mineiro, com entrevistas de amigos, familiares e especialistas. Tudo é abordado de uma forma lúdica, fator reforçado pelo poeta representado por um boneco em tamanho real, manuseando obras originais do Drummond verdadeiro. Poeta, Cronista do cotidiano, Crítico literário, existem muitas formas de Carlos Drummond, e no documentário cada uma é explorada e de alguma forma retratada. É uma obra interessantíssima e conseguiu me deixar ainda mais fascinado por ele, me chamando atenção também para a parte “poesia” dele. (confira aqui).

Drummond

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“Só Dez Por Centro é Mentira” é um relato de 2010, dirigido por Pedro Cezar, sobre a vida e a obra do escritor matogrossense Manoel de Barros. “Não tenho inspiração, sou excitado pelas palavras” diz Manoel falando sobre como escreve suas frases, que são escritas manualmente em blocos fabricados por ele. O documentário traz trechos de obras do escritor, narrações sobre a sua história e declarações do próprio poeta que são poesia pura. A obra de Manoel de Barros propõe uma nova visão do mundo, dos objetos, das funções, e eu que nunca me interessei muito por poesia, tive que dar o braço a torcer e começar a procurar um pouco mais sobre ela. Manoel sem dúvidas será minha primeira empreitada real nesse universo, junto com Drummond é claro. (Confira aqui)

Manoel

Pois bem, espero que esses dois documentários agradem vocês tanto quanto me agradaram. Até mais.

 

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