Resenha: Pergunte ao pó – Jonh Fante

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Em Pergunte ao pó, de Jonh Fante, Arturo Bandine é um jovem escritor que mora em Los Angeles. Num quarto de hotel alugado, ele tenta escrever suas histórias, enfrentando os bloqueios criativos e as dificuldades financeiras. A única coisa que tem publicado é o conto O cachorrinho riu, por seu grande ídolo e editor J.C. Hackmuth.

Neste contexto, o personagem Bandine vive várias circunstâncias dramáticas, como o fato de ter que sobreviver se alimentando apenas de laranjas. A face miserável desta Los Angeles é escancarada na linguagem de energia e poesia de Jonh Fante.

Um dos pontos altos do livro é a paixão e o relacionamento com a garçonete Camilla Lopes; outro dos pontos a se destacar é o desastrado encontro com Vera Rivken.

“… este é seu pensamento, que nasceu de pais miseráveis, pressionados porque eram pobres, fugiu da pequena cidade do Colorado porque era pobre, perambula pelas sarjetas de Los Angeles porque era pobre, esperando escrever um livro para ficar rico, porque aqueles que o odiavam lá no Colorado não vão odiá-lo se escrever um livro. Você é um covarde, Bandine, um traidor da sua alma, um péssimos mentiroso diante de seu Cristo ensanguentado. É por isso que escreve, é por isso que seria melhor morrer”. (pg. 21).

Só li este livro pois uma colega que sabe que eu gosto de On The Road, indicou-me. Não posso esconder que a leitura foi um tanto decepcionante. Motivos: 1)o personagem principal, Arturo Bandine, é totalmente incompreensível, mas não intrigante, parece que faltou alguma coisa; 2) a narrativa do Fante compensa um pouco, mas a história é muito confusa; 3) a forma como Bandine fala sobre a criação literária é romântica demais, não convence o leitor.

Esta é a minha opinião, você deve ler e ter a sua.

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