Não que eu pretenda traficar erva do Condado, mas admito que tenho certa admiração por esta imagem do escritor segurando seu cachimbo. Talvez até mais do que isso, certo misticismo sem uma justificativa plausível.
Imagine a cena.
Lança à folha branca as frases finais de seu conto/romance. O mistério que até ali carecia de uma resolução está pronto a ser desvendado. Não era este. Era aquele. O inimigo que menos podia se esperar. Mas há um impasse, um detalhe que escapa ao escritor. Mesmo tendo planejado o enredo, só depois que pôs-se a escrevê-lo que notou uma falha. Algumas horas se passam enquanto ele quebra a cabeça, procurando uma saída. Um pouco desestimulado, levanta-se pega o cachimbo e logo está na varanda da casa, lançando fantasminhas brancos no ar. De repente, tem um estalo. É isso. O que faltava, não falta mais. Volta para dentro. Senta em frente ao computador. Destila um final único. Graças ao cachimbo.
Sem mais devaneios, vamos aos mestres e seus cachimbos!
Fotos do blog da L&PM