A filha do senador 023 – Gisele Corrêa

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Depois de perder três vezes (minha mãe sabe mesmo blefar), eles já estavam arrependidos do desafio e queriam trocar de duplas.

– Vamos lá, eu e a Cléo contra você e o Guilherme… (o Ricardo sugeria).

– A não! Esta bom assim… (minha mãe se recusava).

– Vamos dar uma chance pra eles mãe, eu e o Gui, contra você e o Ricardo…

– Isso mesmo, vamos lá… (o Guilherme tentava convencê-la).

– Tá, e porque não podem ser a duplas que eu sugeri? (o Ricardo não tinha desistido).

– Acho que eu não me sentiria bem piscando pra você… (brinquei).

– Está bem, desculpa aceita! Eu topo!

– Mãe? (perguntamos ao mesmo tempo, já que ela parecia não querer mudar de ideia).

– Tá legal, eu to dentro!

Jogamos uma rodada mais equilibrada, mas acabamos ganhando, já que tanto o Ricardo quanto minha mãe recusavam-se a fazer sinais um para o outro e estavam jogando cada um por si.

Aproveitamos a água mais um tempo antes de começar a recolher as coisas (o que novamente sobrou para os mais jovens do grupo). Nós demoramos um tempo, mas pouco antes das 17:00 e o sol ainda estava a pino quando terminamos de organizar tudo.

– Já vamos? (o Ricardo perguntou com desânimo ao ver tudo guardado).

Eu tive a impressão que este também era o pensamento dos outros três: Desânimo! Eles pararam um segundo próximos a cachoeira e ficara olhando antes da Isabel responder:

– Acho que sim, logo vai começar a esfriar…

– Antes não nos preocupávamos com isso… (o Henrique sorriu).

– Jantar lá em casa! (minha mãe anunciou sem escutar o último comentário).

– Como nos velhos tempos! (o Ricardo era o mais empolgado).

– Desculpa estragar o prazer galera, mas não vai dar, nós ainda temos que abrir a pizzaria… (o Henrique parecia chateado).

– Se vocês quiserem ficar, eu posso ir… (o Guilherme entrou na conversa).

– Não sei filho, hoje é sábado, não dá pra ficar sem um dos pizzaiolos e sem o caixa… (a Isabel estava em dúvida).

– Eu posso ajudar… (ofereci em dúvida).

– É pai deixa por nossa conta… Se a coisa ficar feia a gente liga…

– Que você acha? (consultou a esposa).

– Por mim tá tudo bem… Um dia só, não vai fazer mal… E eles já estão bem grandinhos…

– Então tá, vai ficar por sua conta (entregou um molho de chaves), vê se faz dinheiro heim? (brincou).

Passamos em casa para eu tomar um banho rápido e depois pegamos a estrada rumo ao centro.

 

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