Conheça o Catarse: maior sistema de financiamento online do país, e saiba quem anda apostando nele

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 “Se o projeto for aceito, o interessado recebe um feedback com dicas e orientações para aumentar suas chances de sucesso”.

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Já falamos aqui no Homo Literatus sobre o Bookstorming: a primeira plataforma de crowdfunding exclusiva para livros. Com ideais parecidos, o Catarse é o maior sistema de financiamento online do Brasil, que aposta não somente em livros, mas em discos, webséries, aplicativos, entre outros.

Para iniciar um projeto, o interessado deve criar uma página de rascunho na plataforma do site, onde poderá ajustar os detalhes principais. A campanha é constituída de alguns itens fundamentais como: meta de arrecadação, prazo (de 1 a 60 dias no máximo), vídeo de campanha, descrição transparente e recompensa para os apoiadores. De acordo com a catalisadora de projetos criativos do Catarse, Luciana Masini, quando a ideia é enviada ela passa por uma seleção. “Se o projeto for aceito, o interessado recebe um feedback com dicas e orientações para aumentar suas chances de sucesso”, explica Luciana.

Após esse processo, o realizador escolhe uma data para iniciar sua campanha e o Catarse coloca o projeto no ar na data combinada. Enquanto isso, o interessado divulga a mobilização em suas redes sociais. Assim que o prazo de arrecadação acaba, todos os apoios são contabilizados atingindo 100% da meta (podendo até exceder o valor estabelecido), o projeto é dado como bem sucedido na plataforma. O Catarse desconta uma taxa de 13% sobre o total arrecadado e repassa o dinheiro ao realizador, que entrega as recompensas e da início ao trabalho de produção da obra. Se a meta não for atingida, a campanha é dada como mal sucedida e o site devolve o dinheiro aos apoiadores – a princípio em forma de crédito, para que eles possam apoiar outros projetos, entretanto, o apoiador pode pedir seu reembolso a qualquer momento.

Uma editora que gosta de apostar nessa rede de arrecadação online e batalhar por cada leitor é A Realejo Livros.  Rodrigo Simonsen,editor da Realejo, diz que é divertido conquistar os leitores, fazendo-os acreditar no mesmo projeto que a editora.“Podemos nos valer das nossas artimanhas de comunicação para conquistar um por um. Tem também um componente de diversão, de emoção e até de angústia, em cada campanha. Já é nossa quarta – e o F5 do teclado está até gasto, de tanto que atualizamos a página, pra ver se entrou um novo apoio,” relata Rodrigo.

Seu último projeto é a obra Sob Efeito do Nada do norte-americano Andy Nowicki. Andy define-se como um homem em uma missão literária, alguém que busca resgatar a responsabilidade ética da literatura, de ensinar o que significa ser o verdadeiro humano, com suas virtudes e pecados. “Não devemos aprender sobre os livros, e sim a partir deles.” Relata o escritor.

O livro conta a história de um rapaz prestes a entrar no seminário, que é acusado de ter problemas mentais. A partir disso, o personagem vê seu sonho de menino desmoronar diante de seus olhos e é tomado por uma profunda ira e desprezo por tudo e todos ao seu redor. Antes de ser uma crítica à Igreja, a obra é uma crítica ao nosso tempo: de valores vazios em valores vazios, o protagonista percebe que não tem nada a perder e aceita fazer parte de um programa governamental experimental, isto é, ele aceita tomar uma pílula que retira todos os seus medos.

Sob Efeito do Nada, levanta questões morais a partir de um personagem mergulhado no niilismo levado às últimas consequências. “Deixo aqui o convite: conheça o nada. Surpreenda-se. E pergunte-se: o que você faria se perdesse todos os seus medos?” Pergunta Rodrigo, idealizador do projeto.

Até o momento, o livro conta com 104 apoiadores e arrecadou R$ R$ 10.360 dos R$ 10.800 necessários. Saiba mais sobre o projeto da Realejo Livros aqui.

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