Crônica: Livres e independentes – Sté Spengler

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Todo início de ano é a mesma história. As pessoas escrevem quinhentos objetivos num pedacinho de papel que nem sequer cumprirão metade. Querem dar um salto na vida amorosa, evoluir na carreira, reformar a casa, tirar aquelas férias especiais, iniciar uma nova dieta, ler mais livros… Normal.

Entre algumas datas importantes que tivemos no decorrer dessa semana – como o aniversário do meu querido pai – gostaria de conferir maior destaque ao dia nove.

“Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”.

Essas palavras foram proclamadas por D.Pedro de Alcântara quando ele tomou a ilustre decisão de permanecer no Brasil ao invés de retornar para o seu país, indo contra as ordens da Corte portuguesa. Dia nove de janeiro ficou então conhecido como o Dia do Fico.

Talvez você esteja se perguntando que ligação há o novo ano com essa data histórica. O episódio foi o primeiro passo rumo à Independência do nosso país, caros leitores, uma vez que Portugal queria que nossa terra fosse novamente uma simples colônia.

Duas palavras me vêm em mente: liberdade e independência.

Quem pode dizer que é realmente livre e independente? Deixe-me perguntar de novo: quem pode dizer que tem a sua alma realmente livre e independente? Não, nada de apelo religioso. Alma s.f.: conjunto de faculdades intelectuais e morais do homem.

Aquela famosa listinha de objetivos para o ano, lembra? “Se é para o meu bem e felicidade geral de meu coração, estou pronta! Digam a todos que fico.” Fico pela liberdade e independência da minha alma.

Liberdade para dizer, sem medo, o que penso. Independência para pensar, sem medo, o que digo. Liberdade para escolher, sem medo, um novo caminho. Independência para caminhar, sem medo, entre novas escolhas.

O que podemos esperar para 2013 então? Não há fórmulas para a felicidade – simplesmente precisamos correr de encontro aos nossos sonhos, sem perder tempo em escrevê-los no papel. Precisamos viver esses sonhos. Ser livres e independentes. Dizer a todos… que ficamos.

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