Dialogando com Exúpèry – Laysa Boeing

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Talvez alguns de vocês sejam críticos de O Pequeno Príncipe. Mas essa foi a história que me trouxe à literatura, portanto, a minha amada e querida história.

Foi ela que fez com que eu me apaixonasse pelas letrinhas postas uma ao lado da outra… Foi ela, também, que anos mais tarde, resgatou a criancinha que ainda havia em mim. E todos os clichês possíveis não importam, porque ela é a minha história preferida de todas no universo. Mas, ok, isso vocês já entenderam.

Não vim fazer resenha crítica, nem nada. Só há um pensamento do livro que eu queria que até os mais críticos lessem. Sem levar para o lado amoroso-melodramático-patético, é a parte que mais faz efeito em mim.

‘Talvez esse homem seja mesmo um tolo. No entanto, é menos tolo que o rei, que o vaidoso, que o empresário, que o beberrão. Seu trabalho ao menos tem um sentido. Quando acende o lampião, é como se fizesse nascer mais uma estrela, ou uma flor. Quando o apaga, porém, faz adormecer a estrela ou a flor. É um belo trabalho. E, sendo belo, tem sua utilidade.”

Poxa! Um simples acendedor de lampião virou uma figura tão bonita na minha cabecinha de criança que vai fazer 8 anos que desde então, me apaixonei. Como se as estrelas fossem acendidas por acendedores de lampião. Como se elas não passassem de lampiões…

E é isso o que eu penso. Exúpèry fez isso comigo. É o que eu queria fazer com as pessoas que ainda não leem. Queria que elas soubessem, através de mim, que ser acendedor de lampiões é uma profissão bonita. Que o belo tem sempre muita utilidade.

Queria que as pessoas lessem mais para poderem descobrir isso.

Por um país com mais leitores!

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