Já imaginou ler as histórias de Charles Dickens de uma forma renovada? O projeto iClassics mostra como!
Em 09 de Junho de 1870 morria o polêmico Charles Dickens. Polêmico ao menos para sua época, haja vista que sua atividade literária da era vitoriana Inglesa deu-se com a classificação de sua linha por: pouco realista. Claro, além do principal fator, a crítica social. Sua escrita nada ortodoxa gerou romances e contos que atravessaram mais de um século e meio, e por acaso ou não, se mantêm atuais. Será que a sociedade não muda? Será que muda, mas volta ao mesmo ponto do circulo vicioso a fim de continuar ruim? Será que ele era um gênio da escrita e produziu escritos atemporais que vieram a ser clássicos por motivos inúmeros?
Se respondermos um grande SIM, já teremos as respostas que precisamos.
A visão ampla sobre as causas dos problemas sociais geraram histórias, personagens e mitologias que marcaram os críticos da época e ainda fazem a diferença nos dias correntes.
Os Documentos Póstumos do Clube Pickwick foi um conto que o estabeleceu como escritor, sua primeira publicação. Uma obra que conseguiu ser bem sucedida pouco depois do lançamento em 1836, dali pra frente suas criações tenderam apenas a crescer e se diferenciar. Dos mais famosos Um Conto de Natal se destaca, apesar de Oliver Twist ter vindo primeiro e logo depois do Clube Pickwick. As adaptações para o cinema ajudaram nisso.
Um Conto de Natal faz parte de várias obras feitas especialmente para natais.
O romance David Copperfield – não, não é o famoso mágico, mas de onde se inspirou para tomar o nome – foi publicado em capítulos, todavia organizaram-no como romance em 1850. Formato típico da época. Essa é a obra que merece citação por conter maior número de elementos similares à vida de Dickens, ao menos mais que as demais. Tanto que estudiosos até hoje pesquisam e afirmam ser seu material mais fiel à autobiografia. Se deseja conhecer Dickens profundamente, essa é uma obra que não pode deixar de ler com olhos analíticos.
Dickens se consagrou e tornou-se um mito literário. Atualmente leitores o conhecem por nome, mas conhecer sua obra intimamente, já é outro assunto. Mesmo nos países do mesmo idioma do autor. A maravilha e maestria do autor falecido a mais de 150 anos estão sendo fragmentada e deixada em migalhas conforme o tempo passa.
Entretanto projetos sempre estão ativos para não deixar os clássicos caírem no esquecimento do tempo. Grandes, pequenos ou médios, mas estão lá, para o bem da literatura.
iClassics é um deles. E um dos grandes… bem grandes!
Idealizado por uma equipe espanhola, clássicos da literatura mundial estão ganhando vida, literalmente, nas páginas virtuais de mídias como celulares e tablets.
O iClassics trás interatividade, emoção, envolvimento e aventura para um mundo que detém pessoas da era digital, vorazes e rápidas, impacientes pela baixa velocidade de leitura e captação de informação que páginas de papel detêm. “É monótona solidão da interação com os livros” – dizem os não-leitores. A proposta, então, é cativar o publico a desbravar as fronteiras dos clássicos e fazê-los grandes como são, porém não vistos como tal.
Dickens também foi foco desse trabalho, abaixo há uma pequena amostra do app que gera aventura e medo, suspense e excitação na leitura que de fato te tira o folego.
O projeto em si é desenvolvido na língua inglesa e espanhola, mas a intenção e desbravar fronteiras e levar para as pessoas do mundo o que o mundo das pessoas da literatura tem de melhor. Para isso o projeto iClassics precisa da ajuda do mundo.
Há um projeto de financiamento coletivo no site Kickstarter que visa concretizar a aventura. Os clássicos serão traduzidos para outras línguas e o Brasil está na fila, num dos primeiros lugares. Além disso, o projeto quer expandir e gerar mais conteúdo, saindo de Poe, Wilde, Doyle, Dickens, Lovercraft, entre outros, e indo rumo ao prestigio dos clássicos de outros países, e eis aí o Brasil e seus autores na fila novamente. Conheça e contribua, clique aqui.
https://youtu.be/t8JLhOUlnuM
iDickens Collection reúne alguns dos principais contos do autor.
Outra faceta interessante dos objetivos da equipe iClassics é a distribuição gratuita para escolas de ensino fundamental e médio.
O incentivo para a criança e adolescente deve vir cedo e de uma forma que irão aceitar a coisa “antiga e chata”, como nova e excitante.
Se não há maturidade literária suficiente para digerirem uma obra clássica, façamos uma gostosa inovadora sopinha de letras e irão devorá-la vorazmente.
“Não importa que o mundo de Dickens não seja como a vida; está vivo.”
Outras obras:
Já imaginou estudar um clássico brasileiro para o vestibular, ou por mero prazer, com algo desse tipo?