Quando nasceu a Arte e Letra?
A Arte e Letra teve um nascimento lento, a primeira publicação é de 2001. Um livro que meu irmão editou de nosso tio-avô. Depois a editora só voltou a publicar em 2004 e não parou mais.
A Arte e Letra publicou livros de autores brasileiros em começo de carreira e também de quem já possui uma. Como ocorrem essas publicações? Quais as influências de o autor ter um público estabelecido antes da publicação ou ter recebido um prêmio através de um concurso literário?
Uma vez que o texto me atrai, que acredito no livro, avalio se a editora poderá fazer um bom trabalho pelo livro. Não adianta nada ter um bom livro se não conseguir fazer uma boa divulgação e distribuição.
Livros artesanais ou embalados em caixas também compõe o catálogo da editora. Como nasceram esses formatos particulares dos livros?
Normalmente, nascem de alguma referência que vimos ou de uma conversa. A coleção em conserva, por exemplo, nasceu de um desenho que o Frede fez e decidimos que era bom demais para ser abandonado, depois de várias ideias, chegamos no formato das latinhas.
Além dos livros, a editora também publicou várias edições da Arte e Letra Estórias, antologia de contos de diversos autores, incluindo nacionais consagrados e iniciantes. E também há a Jandique, que começou publicando contos de autores locais e expandiu suas publicações para autores de fora do Paraná. Além de revistas virtuais dedicadas também a publicação de contos.
Qual é a situação do gênero no Brasil?
O conto vai muito bem. Ainda enfrenta um tremendo preconceito, mais por parte das editoras do que dos leitores. Na verdade os leitores adoram conto. Então, o conto vai muito bem.
O mercado editorial brasileiro presenciou a concentração de grandes grupos, o nascimento de editoras dedicadas a nichos específicos e outras iniciativas. Qual a sua visão do momento atual do mercado?
De mudança. Muita coisa acontece, a cada dia aparece uma novidade e iniciativas diferentes. Ainda é preciso passar as novidades para ver como a situação realmente vai ficar. O certo é que o mercado está crescendo e a formação de grandes grupos vai fazer com que as editoras pequenas e independentes ganhem força. E a criação destas editoras vai trazer muita novidade e coisa legal para o mercado. Saímos da mesmice.
Como uma editora de menor porte negocia com grandes franquias (Curitiba, Cultura) para ter o material exposto?
Não tem muito o que negociar, nossos trunfos são muito pequenos para eles. O que você precisa fazer é inverter o jogo. Fazer com que os leitores peçam o seu livro para a livraria, assim as redes precisam ter o seu livro ou perdem vendas. Mostrar que seus livros também tem procura.