Fuja para dentro do seu livro favorito

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“É uma verdade universalmente conhecida que nós todos desejamos escapar. Sempre me refugio no meu livro favorito: Orgulho e Preconceito. Já li tantas vezes que as palavras se repetem na minha cabeça… é como uma janela se abrindo! É como se eu estivesse mesmo lá! Se tornou um lugar que eu conheço tão… intimamente. Posso ver esse mundo. Posso tocá-lo. Posso ver Darcy… ops, Amanda!” – Lost in Austen.

Quem nunca desejou estar dentro de um livro que atire a primeira pedra! Você sabe como tudo começa, sabe que aquele momento difícil logo será resolvido e sabe que no final tudo ficará bem. É o caso de Amanda, da série londrina Lost in Austen.

Amanda Price é uma jovem mulher romântica que vivia sua vidinha monótona até que encontra Elizabeth Bennet (em carne e osso!) em seu banheiro. Através de uma portinha, as duas trocam de lugar e, enquanto Lizzie explora o cotidiano da mulher moderna, Amanda passa viver, literalmente, em seu romance favorito – Orgulho e Preconceito, de Jane Austen. Com essa troca, a história original começa a mudar e Amanda faz de tudo para que as coisas “aconteçam como devem acontecer”, mas é claro que suas tentativas falham. Tudo entra numa mistura delirante – a mocinha se revela a vilã e o vilão se revela o mocinho (!). Com muito bom humor e com alguns tópicos que promovem certa reflexão, Lost in Austen trata principalmente das consequências que nossas atitudes têm sobre nossa vida e a vida dos que estão ao nosso redor. Mas e a pergunta que não quer calar: será que a história seguirá seu traçado original ou Amanda conseguirá modificar o que Austen escreveu há duzentos anos? [Assista e descubra, haha].

Cena do Episódio 1 do seriado "Lost in Austen"
Cena do Episódio 1 do seriado “Lost in Austen”

Estive lendo A jornada do escritor, de Christopher Vogler, e passei a encarar a vida como um bom livro (ou não seriam os livros o reflexo da vida? É por isso que eu amo a literatura!). Nós vivemos muitas boas histórias no decorrer da nossa existência.  Estamos lá, quietinhos em nosso “mundo comum” quando de repente, algo extraordinário acontece – conhecemos alguém que mudará nossa vida por completo, presenciamos um fato marcante na família ou no trabalho, […], onde recebemos o nosso “chamado à aventura”. Como bom ser humano, no início ficamos receosos, analisando cada detalhe antes de nos lançarmos a esse novo desafio. E assim encontramos um “mentor”, alguém ou algo (pode ser um livro, por que não?) que nos dará algumas orientações e nos encorajará a seguir com o que nos foi proposto. Encontramos aliados e inimigos, enfrentamos desafios e mais desafios até que “encontramos nosso tesouro” e solucionamos aquela questão que nos tirou do conforto de nosso mundo comum. Isso é maravilhoso!

Se a minha vida fosse um livro, certamente seria Jane Eyre, de Charlotte Bronte. Mas se eu pudesse escolher um livro para me refugiar, esse livro seria O Pequeno Príncipe, de Exupéry – um livro onde verdadeiros valores são cultivados dentro do universo puro e inocente de uma criança. Sté Spenger – Lost in Exupéry (será que dá certo?!).

E você, se pudesse se refugiar em um livro, qual seria?

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