Gavião Arqueiro: uma leitura leve, rápida e violenta

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Uma dica de leitura para se desconectar do Facebook e se divertir: Gavião Arqueiro: Minha Vida Como Uma Arma, escrito por Matt Fraction e ilustrado por David Aja

Matt Fraction
Matt Fraction

Isso aqui não é pra ser taxado de crônica ou resenha. Seria mais uma dica de leitura leve, um intervalo no meio de um momento politicamente pesado e trágico. Sei lá, uma chance pra se desconectar do Facebook e apenas se divertir.

Vi pessoas falando muito bem de Gavião Arqueiro: Minha Vida Como Uma Arma, editado pela Panini. Trata-se duma compilação de cinco edições da revista Hawkeye e uma da Young Avengers Presents. Os artistas responsáveis: Matt Fraction (roteiro), David Aja e Javier Pulido (rabiscos).

Fiquei com um pé atrás porque nunca fui muito com a cara dos Vingadores, mesmo depois do sucesso no cinema. Garantiram-me a qualidade do gibi, pois não seria necessário ser leitor assíduo da Marvel. X-Men é a única equipe de super-heróis de que eu gosto – falando nisso, Dias de um futuro esquecido é um dos melhores filmes de ação que vi nos últimos tempos, pau a pau com Mad Max: Estrada da Fúria.

GaviaoArqueiroMinhaVidaArmaClint Barton, o Gavião Arqueiro, entra naquela “categoria Batman” de vigilantes: o detetive que não possui super-poderes. Todas as suas habilidades são resultado de estudo e treinamento. Certamente ele não tem a elegância literária de Sherlock Holmes ou Hercule Poirot. Seu modo estabanado lembra mais o de Philip Marlowe. Em Minha Vida Como Uma Arma, o Gavião é retratado longe de Capitão América, Homem de Ferro, Thor e companhia, defendendo seus vizinhos da gangue do agasalho, salvando cachorros da morte, participando de churrascos na laje, protagonizando perseguições em alta velocidade a bordo dum Dodge Challenger 1970. Assim como nos livros de Raymond Chandler, suas investigações saem da pior maneira possível. Tudo termina (ou começa) com tiroteios, garrafadas, socos, pontapés, quedas vertiginosas de edifícios e, claro, flechas para todo lado. Os motivos que levaram o herói do acaso até ali vão sendo narrados aos poucos, na pegada dos filmes do Guy Ritchie. Há também o detalhe dos músculos se retesando e da respiração sendo controlada antes do disparo certeiro. Momento pra tomar fôlego depois da correria sanguinária.

Mais do que o reconhecido membro dos Vingadores, Minha Vida Como Uma Arma é sobre Clint Barton, o homem de hábitos simples, All Star surrado e desapegado a luxos. Pra quem gosta de filmes de ação e livros do Marçal Aquino, um ótimo gibi.

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