Já parou para pensar quantas besteiras fazemos na vida?
Ignoramos aqueles que amamos;
Damos atenção aqueles que nos odeiam;
Julgamos fortes os fracos, e tristes os alegres;
Mandamos embora quando queremos que fique,
e vamos embora quando queremos ficar;
Choramos em horas alegres,
e rimos de algumas tristezas;
Somos a mais perfeita imperfeição!
Quando gordos queremos emagrecer,
Se magros o desejo é engordar.
Somos loucos perdidos na realidade humana;
Amarrados pelas próprias leis do preconceito.
E no amor?
Já viu alguém que ame a pessoa certa?
– Eu não.
Vi gente casando para fugir…
Ou fugindo para casar.
Chorando pelo amor que jogou no lixo,
ou “catando “ lixo dos outros.
Amores possíveis
que os amantes de tão complicados os tornam impossíveis.
Gente que ama amigo e diz que é mera amizade.
Gente que de tanto amor machuca,
que de tanto machucar se fere,
e que ferido pede vingança.
Gente que por amor morre…
Que por amor mata…
Que de amar demais odeia
Vi ódio tornar-se amor
Gente simples que o amor só complica.
Ouvi amantes contar suas glórias e inglórias vividas.
Gente contar o que é feio e esconder o que é belo.
Gente que de erradas demais tornam-se certas.
Que de tanto acertar erram, e que de tanto errar,
ao invés de aprender acostumam.
Vi gente que é só gente…
Gente que nem para animal serve…
Vi não gostei… Ou gostei?
Vi amei… Ou odiei?
Na verdade esta complicação toda
foi apenas a busca da palavras certa…
Ou do erro correto…
Da contradição humana…
Que nos torna tão unidos…
Tão separados…
Tão seres…
Tão pouco humanos…
Tão bichos…
Tão vivos…
Tão GENTE!