A tendência para classificar as coisas é bem antiga. O desejo de expressar juízo de valor à vida, às coisas e aos acontecimentos está inerente ao ser humano. Essa classificação se dá a partir da vivência, do convívio entre os pares e entre aqueles que passam a formar a sociedade. A partir desse leque de experiências formam-se no cidadão os seus conceitos ou pré-conceitos.
Manhã de domingo. Nicole Etiènne (EUA, 1974)
A literatura, como organismo vivo, não está fora dessa classificação, mas em qual categoria ela está inserida? Livro é cultura ou diversão? Há uma conceituação única? Quais são as pessoas mais gabaritadas que podem dar essa resposta? Existem pessoas certas para conceituar a Literatura?
Conforme foi dito anteriormente, se a conceituação aos acontecimentos ou a tudo que existe é feita a partir de experiências vividas, todo e qualquer indivíduo pode formar a sua verdade sobre a Literatura, sendo ele um ser vivo. Essa classificação pode ser feita de acordo com a sua bagagem de vida. O cidadão vê a literatura sob um aspecto, sob a sua ótica. Dessa forma, a Literatura poderá ser considerada ou classificada como cada um desejar.
Mas o que significa cultura? Seria cultura toda atividade que dá a um povo sua identidade? Seria entretenimento toda e qualquer atividade que resulta apenas em diversão ou ocupação das horas livres? Pode-se dizer que cultura é o corpo e entretenimento é a alma do indivíduo? Ou essa classificação poderia se dar a partir de regras formais e ditadas pelos pensadores mais prestigiados e melhores preparados formalmente?
O que se pode afirmar por fim é que, de acordo com o ponto de vista de cada pessoa, o livro pode ser tanto uma coisa ou outra. Enquanto para uns é uma válvula de escape após um dia difícil, para outros é um veículo de informação e registro gráfico da história de uma sociedade.
E para você, livro é cultura ou entretenimento?