7 livros que vão fazer sua cabeça estourar

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Uma lista de obras que vai mudar sua forma de pensar!

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Quem de nós não gosta de ler uma obra que vá acrescentar à nossa maneira de pensar?

Ler alguns livros de entretenimento é interessante, mas é sempre válido se dedicar a obras que ataquem nossos preceitos pré-estabelecidos. Melhor ainda se você encontrar obras que consigam unir as duas coisas, questionamentos e um texto que prenda sua atenção.

Aqui vai uma lista de obras que certamente vão mudar sua forma de pensar!

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1) Walden ou A Vida Nos Bosques, de Henry D. Thoreau

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Certamente você já se sentiu inquieto com sua vida urbana, destituída de momentos de ócio, quando nascem pensamentos inquietos. Longe de mim propor aqui mil e uma teorias da conspiração, de controle, etc, mas esta vida agitada, de pouco tempo, que vivemos, cobra seu preço.

Já em 1845, Thoreau, ao perceber isso, rumou para os bosques. Construiu uma casa com suas próprias mãos, à beira do Lago Walden. E tirou seu sustento diretamente da terra. O autor tem uma relação reveladora com a natureza para seu viver como ser humano. Esta experiência está registrada no livro Walden ou A Vida nos Bosques, citado em filmes como Sociedade dos Poetas Mortos e Na Natureza Selvagem.

“Fui para os bosques viver de livre vontade, para sugar todo o tutano da vida…
Para aniquilar tudo o que não era vida, e para, quando morrer, não descobrir que não vivi!”

 

2) A Arte da Guerra, de Sun Tzu

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Como um livro que tem mais de dois milênios de idade pode mudar sua vida? Talvez possa dar uma visão estratégica à sua maneira de viver.

A Arte da Guerra foi escrito pelo estrategista militar Sun Tzu, por volta do século IV a.C. O autor fala sobre treze temas: Planejamento inicial; Guerreando; Estratégia Ofensiva; Disposições; Energia; Fraquezas e Forças; Manobras; As Nove Variáveis; Movimentações; Terreno; As Noves Variáveis do Terreno; Ataques Com o Emprego de Fogo; Utilização de Agentes Secretos.

Hoje em dia, o livro é usado nas mais diferentes áreas, até mesmo por administradores e economistas.

 

3) 1984, de George Orwell

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Embora conhecidíssimo, o livro de George Orwell parece cada vez mais atual e leitura obrigatória para todo o ser humano.

A obra, que coloca o leitor diante de um futuro negro para a humanidade, questiona posicionamentos do poder, expõe a manipulação a que o povo se submete, e ainda levanta uma série de outras reflexões filosóficas. Todas pertinentes ainda hoje, apesar de o livro ter sido escrito em 1948.

Um dos intrigantes conceitos criados por Orwell é a novilingua, um idioma criado pelo governo que visa a eliminação máxima de palavras. Assim, o povo não poderia protestar contra as decisões tomadas.

Será que isso lhe remete a alguma coisa sobre a sociedade brasileira?

Possíveis equivalentes: Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, e Fahrenheit 451, de Ray Bradbury.

 

4) O Livro do Chá, de Kakuro Okakura

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“A Night Thought”, por Okakura Kakuro

O Livro do Chá? Isso mesmo.

A nós, ocidentais, muitas das vezes falta compreensão a respeito da importância da chanoyu (a cerimônia do chá japonesa). E em 1906, o japonês Kakuro Okakura se prestou ao trabalho de escrever um tratado onde esclarecesse este ponto ao mundo do ocidente.

A cerimônia é uma mistura de princípios do taoismo e do zen, que ataca de frente o imediatismo que permeia nosso modo de vida. Não há como sair incólume da leitura de O Livro do Chá.

“No líquido ambarino contido em porcelana marfínea, o iniciado é capaz de tocar a doce reticência de Confúcio, a malícia de Lao-tsé e o aroma etéreo do próprio Sakyamuni”.

 

5) O Herói de Mil Faces, de Joseph Campbell

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Um livro que te coloca diante de uma grande verdade: todas as histórias são uma só. Todos os heróis são apenas diferentes facetas de um mesmo herói. É surpreendente o que o estudioso Joseph Campbell apresenta neste livro, onde o leitor se depara com a perspectiva de que, apesar de as culturas serem tão diferentes, a humanidade é uma só.

“Minha esperança – afirma o autor – é a de que essa comparação possa contribuir para a causa das forças que atualmente trabalham pela unificação, não em nome de algum império político ou eclesiástico, mas no sentido de um entendimento mútuo entre os homens. Pois, como dizem os Vedas: ‘A Verdade é uma só; os sábios se referem a ela por muitos nomes’.”

Campbell faz constante referência a Carl Jung, traçando um paralelo com mitos das mais diversas culturas, de uma forma assustadora. Sente-se não uma ligação de cunho religioso, mas sim uma conexão “espiritual” com toda a humanidade.

Dica: É possível encontrar por aí um documentário chamado O Poder do Mito, que apresenta o próprio Joseph Campbell falando a respeito do tema deste livro.

 

6) A Desobediência Civil, de Henry D. Thoreau

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Gandhi pondo em prática a desobediência civil pregada por Thoreau

Thoreau de novo? Sim, porque ele fez por merecer.

A Desobediência Civil, publicado em 1849, é um ensaio que abala o pensamento político de qualquer um – e se você ainda não tem um posicionamento a respeito do assunto, ainda mais.

Henry David Thoreau é considerado por muitos o “pai da anarquia”, embora um dos precursores do pensamento ecológico e da resistência pacífica, tendo entre seus grandes admiradores gente como: Tolstói, Martin Luther King e Mahatma Gandhi.

Em A Desobediência Civil, Thoreau defende que é mais importante estar em paz com a consciência do que de acordo com seu governo. O pensamento dele era extremamente avançado, inclusive se negando a pagar impostos, sob a justificativa que não desejava financiar as guerras de seu país.

Uma obra curtinha que dá o que pensar.

 

7) Ismael, de Daniel Quinn

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Se você for escolher só um livro desta lista, escolha este: Ismael, de Daniel Quinn.

Bastante desconhecido, e você pensa nisso ainda mais após lê-lo. Acaba exclamando: “Meu Deus, como não me ensinaram isso na escola?”.

Não é um livro que vai te explicar “como ser feliz”, ou todas estas besteiras que a autoajuda promete. É, sim, uma obra que te mostra como as coisas chegaram a este ponto e por que, lá no fundo, todos têm o sentimento de que alguma coisa está errada socialmente.

Por exemplo, Ismael questiona nossa compreensão, enquanto civilização, de que estamos acima de todas as outras espécies, como se fôssemos um “produto final”. Também examina como a mitologia influencia até hoje nosso posicionamento ético. Mas mais do que isso, o livro incentiva você a ser um pensador por conta própria, destituindo sua dependência de “mestres”.

Não acredito que alguém possa ler este livro e continuar a pensar da mesma forma.

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Obviamente, todas as obras aqui citadas foram pautadas num gosto particular. Muito embora, alguma delas, caso você leia, certamente devem ter um efeito semelhante sobre a sua pessoa.

E claro, nada como você acrescentar nos comentários quais obras literárias mudaram sua forma de pensar. Fica o convite.

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