Lute como uma garota: mulheres que tornaram o mundo melhor

Lute como uma garota: 60 feministas que mudaram o mundo, livro de Laura Barcella e Fernanda Lopes, reúne figuras que batalharam pela igualdade entre os sexos

Lute como uma garota HL
Ilustração da capa de Lute como uma garota (Editora Cultrix, 2018).

Lute como uma garota, recentemente lançado pela Cultrix, é um livro importante para o cenário atual, no qual, cada vez mais, temos falado sobre os diretos da mulher, sobre as violências sofridas diariamente e o preconceito de raça, classe e gênero. Nesse livro, Laura Barcella e Fernanda Lopes apresentam 60 mulheres fundamentais na militância feminista. São 45 perfis de mulheres, que, com seus feitos, foram capazes de mudar o mundo. A edição brasileira traz mais 15 mulheres brasileiras que contribuíram para a luta feminista no país.

 

Quem são as mulheres de Lute como uma garota?

As mulheres de Lute como uma garota não são apenas aquelas que se declararam feministas a todos, publicamente. Barcella e Lopes optaram por apresentar mulheres que tiveram o intuito de fazer o mundo melhor para as mulheres.

As autoras fazem uma espécie de tour pela história da luta das mulheres. Passam pelo século XVIII até os dias atuais. E, pensando na luta pelos direitos das mulheres neste mundo contemporâneo, também trazem mulheres ligadas aos diversos feminismos existentes.

Tratam-se de mulheres que, embora tenham obtido sucesso e reconhecimento na vida profissional, acadêmica ou política, sofreram muito. Tiveram de lutar por coisas que, às vezes, soam como normais, em nosso contexto atual. As lutas são muitas: o direto de estudar, de ser livre, de trabalhar, de votar, de usar a roupa que deseja, de abortar, de liberdade sexual, igualdade salarial, entre outros diretos constantemente negados ou subtraídos.

O foco da obra não é apenas trazer apenas grandes nomes do feminismo. Por meio dela, conhecemos mulheres que têm suas origens em diversas classes sociais, distintas nacionalidades e áreas de conhecimento, as quais, dentro do que puderam, fizeram deste um mundo melhor.

Estão na obra: professoras, ativistas dos direitos dos negros e negras, ativistas do meio ambiente, atletas, escritoras, filósofas, médicas, jornalistas, pintoras, físicas, biólogas, cantoras, editoras de revistas, atrizes, comediantes, artistas etc.

 

Por que devemos continuar a lutar?

Lute como uma garota é um livro conciso, como tinha de ser, pois apresenta 60 mulheres em uma só obra. Apresenta, ainda, ilustrações e frases de mulheres notáveis em destaque. O livro é uma espécie de compilação bibliográfica que pode nos levar a conhecer a história do feminismo ao longo dos séculos.

Contudo, mais do que conhecer várias feministas, feminismos e suas lutas, o livro nos mostra que essas mulheres abriram as portas para um mundo melhor. Seus esforços ainda são um início. Há muito o que ser feito. Nós, mulheres, ainda estamos longe de sermos livres de machismo, opressões, exclusões e violências (físicas, psicológicas, sociais). Infelizmente.

Muitas deram o pontapé inicial, outras deram continuidade às lutas. Nós precisamos nos unir para que o presente e o futuro sejam mais justos e igualitários.

Leia também: 30 escritoras brasileiras contemporâneas para conhecer em 2018



Estela Santos
Colaboradora do Homo Literatus, professora, mestra em Letras - Estudos Literários e mediadora do #LeiaMulheres. Twitter: @psantosestela
Estela Santos
Colaboradora do Homo Literatus, professora, mestra em Letras - Estudos Literários e mediadora do #LeiaMulheres. Twitter: @psantosestela
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