Manual de entretenimento para fãs de George Orwell

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Filmes, músicas, vídeos e outros escritores que todo fã de George Orwell tem que conhecer.

Orwell
Muito já se escreveu sobre  George Orwell, pseudônimo de Eric Arthur Blair, um escritor e jornalista inglês que procurou mostrar em seus romances que todo grande ideal de uma sociedade perfeita pode se transformar em uma melancólica realidade. O lado do desencanto fica evidente em seus dois romances mais famosos: a Revolução dos Bichos e 1984. Para algumas pessoas Orwell  pode ser rotulado de pessimista, mas a história da humanidade está cheia de exemplos de distopias, dessas contradições observadas  em todos os âmbitos da vida.
Às distopias do tempo em que George Orwell escreveu seus romances, juntou-se o desencanto dos dias atuais com as promessas de uma vida perfeita proporcionada pela tecnologia. A ficção científica é fértil em obras que abordam esta natureza dupla entre o ideal e o real, o desejo de usar a tecnologia para ter uma vida perfeita e o uso que se pode fazer dela criando uma ilusão para manter o sistema em que se vive. É interessante notar que a partir da década de 1980 surgiu um novo gênero de ficção científica tanto na literatura quanto no cinema: o cyberpunk, enfocando a alta tecnologia e o baixo nível de vida.
O mundo perfeito pode ser uma aspiração de muitos, mas quando chegamos próximo a isso, percebemos  que esse mundo não existe ou não funciona como esperávamos, e por um motivo tão óbvio, mas que costumamos esquecer:  de que não somos perfeitos e que isto sempre se refletirá na organização social e política bem como na vida pessoal. A sensação  que experimentamos ao mergulhar nesse universo estéril  e asséptico dos livros e filmes é de uma atmosfera sufocante tão desprovido de calor e emoção.  A “perfeição” costuma ser nada mais que uma fachada.
Mas é certo que alguma utopia é necessária, afinal como seria viver sem sonhos? E a imperfeição não é o que confere a exata dimensão do Humano em nós? A utopia não exclui o seu oposto ou a constatação de que tudo ou quase tudo não passou de uma fantasia difícil de aplicar à realidade, e que ao se retirar as máscaras de virtudes e boas intenções, mostrou sua verdadeira face. Mas toda invenção de “felicidade” não passa muito tempo despercebida enquanto houver uma fagulha de Humanidade por perto no meio da ordem caótica de sistemas estabelecidos, quando então uma nova rebelião começa a tomar forma.
Para quem aprecia a obra de Orwell e um assunto tão instigante, segue lista de outros autores, alguns filmes, músicas e até um blog de ótimas poesias da cultura cyberpunk,  que partilham das mesmas ideias.
 

Filmes

1927 - Metropolis – Fritz Lang
Metropolis – Fritz Lang – 1927

1971 - Laranja Mecanica – Stanley Kubrick
Laranja Mecânica – Stanley Kubrick – 1971

1982 - Blade Runner – Ridley Scott
Blade Runner – Ridley Scott – 1982


1997 - Gattaca – Andrew Niccol
Gattaca – Andrew Niccol – 1997

1999 - Clube da Luta – David Fincher
Clube da Luta – David Fincher – 1999

2002 - Equilibrium – Kurt Wimmer
Equilibrium – Kurt Wimmer – 2002


Neuromancer – (filme baseado no clássico cyberpunk escrito por William Gibson com lançamento previsto para 2014)


 

Bandas e álbuns

Roger Waters
Roger Waters (Amused to Death)

Radiohead
Radiohead (música Fake Plastic Trees)

Muse
Muse (The Resistence, dedicado ao livro 1984 de Orwell)


Imagine Dragons
Imagine Dragons (músicas Demons e Radioactive)

Kraftwerk Autobahn
Kraftwerk (Autobahn e Radio Activity)

Pink Floyd
Pink Floyd (The Wall e Animals)


Poesia cyberpunk

Blog Letra Z Cyberpunk


 
 

Outros autores

William Golding
William Golding (O Senhor das Moscas -1954)

Ray Bradbury
Ray Bradbury (Farenheit 451- 1953)

Karin Boye
Karin Boye (Kalocaína – 1940)


Arthur Koestler
Arthur Koestler (O Zero e o Infinito – 1940)

Aldous Huxley
Aldous Huxley (Admirável Mundo Novo – 1932)

Anthony Burgess
Anthony Burgess (Laranja Mecânica – 1962)

 
 
 

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