Filmes, músicas, HQs e outros escritores que todo fã de Rubem Fonseca precisa conhecer.
O ato de escrever foi originado três mil anos antes de Cristo e as primeiras formas de escrita foram as listas, como lembrou o diretor de teatro e cinema Felipe Hirsch em seu prefácio para o livro Mondo Massari. Álvaro Pereira Júnior, em texto publicado na Folha de S. Paulo no dia 1º de agosto, critica o atual jornalismo da web e suas listas. Os dez mais, os dez menos, os melhores, os piores.
Este manual, inspirado na proposta do colega Giovanni Arceno, não tem a intenção de ser uma lista, muito menos um guia definitivo para mochileiros das galáxias. A proposta é comparar os gostos artísticos entre os admiradores, leitores e devotos da literatura de Rubem Fonseca. Quem gosta de narrativas velozes, com diálogos ácidos e linguagem cortante, certamente se identificará com as referências aqui indicadas. Assim como Giovanni Arceno, acredito que nossos gostos em um determinado gênero artístico são estendidos para outras mídias. Mas talvez isso varie de pessoa pra pessoas.
Particularmente, gosto muito dos tiras existencialistas criados por Fonseca. Vilela, Guedes e Mattos são indivíduos endurecidos pela absurda violência que domina o submundo carioca. Isso me leva a associar o conto A coleira do cão e o romance Agosto ao filme Onde os fracos não têm vez, dos irmãos Cohen. Outros contos, como “Feliz ano novo” e “O cobrador”, fazem-me pensar na ultraviolência física e social exposta na aclamada adaptação de Stanley Kubrick do livro Laranja mecânica, escrito por Anthony Burgess. Quem for leitor experimentado de romances policiais notará semelhanças entre o advogado canastrão Paulo Mandrake e o detetive particular Philip Marlowe, criado por Raymond Chandler. A música clássica também está presente no gosto de personagens como o narrador autodiegético do conto Olhar.
Alguns de seus livros foram adaptados para cinema e TV, tendo o escritor participado da composição do roteiro na maior parte das produções, como no caso da série Mandrake.
Vasculhando os setores mais sombrios da minha mente, tentei, da melhor maneira possível, indicar escritores, filmes, histórias em quadrinhos e compositores que possam tornar a (re)leitura da obra de Rubem Fonseca mais prazerosa. Seguem:
Escritores para ler
Filmes e série de TV para ver
Séries de TV para ver
HQs para ler
Compositores para ouvir
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Aceito mais indicações que ficaram de fora de minha lista, por desconhecimento ou esquecimento. Afinal, referência é tudo.