Exato. A informação é esta mesmo que você leu. A rede mundial de fast food McDonalds distribuirá 10 milhões de livros em 2014, segundo notícia divulgada pelo Publishnews nesta quinta-feira (23).
Hélio Muniz, diretor de comunicação da rede no Brasil, afirma que 50% deste volume ficará nas mais de 700 lojas do McDonalds espalhadas em 159 municípios de todos os estados brasileiros. “Estamos muito felizes em usar a nossa grande capilaridade para estimular o hábito de leitura entre as famílias”, comemora o diretor. Os livros foram editados pela Planeta.
Um detalhe interessante nesta ação do McDonalds foi a escolha das obras, todas de autores brasileiros. Os selecionados foram Ana Maria Machado (De noite no bosque), Vinícius de Morais (A Casa e O Pato), Caio Ritter (Menino qualquer), Lalau (Você pergunta, a poesia responde), Márcio Vassallo (A voz da minha mãe), Leticia Wierzchowski e Marcelo Pires (O farol e o vaga-lume).
A promoção deve começar hoje, 25 de janeiro. Daniel Arantes, diretor de planejamento de marketing para América Latina do McDonalds, disse o seguinte: “Se a gente fizer que uma criança saia das nossas lojas com um livro e compartilhe com um amiguinho, teremos a nossa missão cumprida”, e acrescentou: “Dizem que poesia não enche barriga, mas enche a alma… Nossos clientes vão poder sair dos nossos restaurantes com a barriga e alma cheias agora”.
Ok, tudo muito bonito.
Mas até que ponto, efetivamente, esta é uma ação cultural? Sim, politicamente correto, associar a marca a uma proposta de cultura. Mas vale lembrar que, como a própria notícia afirma, “é política do McDonalds vender os brindes do McLanche Feliz, independente da compra do kit. Pais e crianças que quiserem adquirir um exemplar terão que desembolsar R$ 9,50”.
Logo, surge a pergunta: isso é uma ação de marketing ou de cultura?