Número 13 da Revista Flaubert vem com contos de risco leve e sóbrio

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Flaubert

Quem diz que o número treze é sinônimo de azar não pode se ver mais equivocado ao se deparar com a nova edição da Revista Flaubert. No entanto, o fato de o trabalho continuar acertando nada tem a ver com sorte. Sim com o critério crítico em relação ao material publicado, além de um apreço pelo design que não posso deixar de destacar. Tanto que me remeteu à definição de Eça de Queirós para o gênero da narrativa curta:

“No conto tudo precisa ser apontado num risco leve e sóbrio: das figuras deve-se ver apenas a linha flagrante e definidora que revela e fixa uma personalidade; dos sentimentos apenas o que caiba num olhar, ou numa dessas palavras que escapa dos lábios e traz todo o ser; da paisagem somente os longes, numa cor unida.”

Ao folhear virtualmente a Revista Flaubert, temos exatamente esta sensação, como se os textos e a diagramação convergissem para este “risco leve e sóbrio”, em que se destaca apenas o que “caiba num olhar.”

Este novo número também marca a transição para a bimestralidade da revista. Contudo, vemos que o trabalho segue forte nas palavras do editor Mariel Reis no editorial: “Fora da ficção não há salvação, apregoemos como bons praticantes de uma seita não tão secreta e uma irmandade não tão unida.”

Os contos publicados são de Alessandro Garcia, Giovanni Arceno, Guilherme Araujo, Guilherme Scalzilli, Jeferson Tenório, Jonatan Silva, Jorge Pereira, Juliana Aguiar, Lira Filho, Lucas Barroso, Ludmila Rodrigues, Marcella Lopes Guimarães, Mariel Reis, Morena Madureira e Victor Hugo Turezo.

Destaque para o conto A próxima parada é o sujo, de nosso colaborador Giovanni Arceno.

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