O jogo do texto em Retábulo de Santa Joana Carolina – Debora Jael

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O jogo do texto

Em O jogo do texto, Wolfgang Iser contrapõe-se à ideia do texto como representação da realidade (a mímeses aristotélica) dispondo o conceito de jogo sobre a representação, pois o jogo seria “capaz de cobrir todas as operações levadas a cabo no processo textual” (ISER, 1999, p.107). Assim, altera-se o foco da representação do mundo no texto, como objeto, para olhar esse objeto como material para a produção de sentidos: o texto seria composto por “um mundo que ainda há de ser identificado e que é esboçado de modo a incitar o leitor a imaginá-lo e, por fim, a interpretá-lo”(ISER, 2011, p.107). Isso implica em um trabalho do leitor para identificar as “muitas formas possíveis do mundo identificável” e fazer alterações no referencial do texto.  Como esse texto, embora reproduza uma “realidade identificável” deve ser considerado “como se fosse” realidade, pode ser tomado como um jogo.

O jogo, para Iser, é a estrutura que proporciona interação entre texto e leitor e entre o fictício e o imaginário(ISER, 1999, p.107). O leitor ganha o jogoquando estabelece o significadoou o jogo se mantém, isto é, continua e conserva o significado em aberto(ISER, 2011, p.109).

Fazem parte dessa estrutura, que fornece armação para o jogo, “o significante fraturado e os esquemas invertidos [que] abrem o espaço do jogo no texto (ISER, 2011, p. 114). O movimento do jogo dá-se por meio de estratégias básicas de jogo, cuja terminologia Iser buscou na teoria do filósofo francês Roger Caillois (ISER, 1999, p.110), que são agon, alea, mimicry e ilinx e que, por sua vez, podem ser submetidas a várias combinações no texto: “O jogo do texto só pode ser avaliado em termos de suas possibilidades, por meio das estratégias empregadas no jogo”.

O significante fraturado é aquele termo dado no texto, mas cujo sentido não é apenas o denotativo, possui função figurativa também. No jogo, ele é o espaço entre o sentido denotativo e o figurativo que permite ao leitor construir sentido (ISER, 2011, p. 110).  Outro espaço do jogo é o esquema (p.111), que é formado pela percepção que o leitor possui do mundo. Quando ocorre um hiato entre a assimilação do esquema e a realidade, e o leitor precisa buscar significados no simbólico,abre-se o espaço para o jogo (ISER, 1996, p. 308-311).

As estratégias básicas de jogo, ou “As estratégias do texto […] reestruturam a maneira como é executada a dualidade respectiva do significante fraturado e do esquema invertido” (ISER, 2011, p.112). Da teoria de games de Roger Caillois (ISER, 1999, p.110), vem a nomenclaturaagon, alea, mimicry e ilinx.

Agon, na teoria de Roger Caillois, está relacionada a competition, cujos exemplos são o jogo de futebol e o de xadrez.

é uma luta ou debate e é o padrãocomum do jogo quando o texto se centra em normas e valores conflitivos. O debate envolve uma decisão a ser tomada pelo leitor em relação a estes valores contrários, que se mostram internamente em colisão. (ISER, 2011, p.113).

Alea, por sua vez, está relacionadaa chancee os exemplos são o jogo de loteria e de roleta.

é um padrão de jogo baseado na sorte e na imprevisibilidade. Sua proposta básica é a desfamiliarização, que é alcançada pela estocagem e condensação de diferentes textos, assim como despojando de significado os seus segmentos respectivos e identificáveis. Pela subversão da semântica familiar, ele atinge o até então inconcebível e frustra as expectativas guiadas pela convenção do leitor.(ISER, 2011, p.113).

AMimicry refere-se àsimulation em Caillois e pode ser representada por encenações, como Hamlet.

é um padrão de jogo designado para engendrar ilusão. O que quer que seja denotado pelo significante ou prenunciado pelos esquemas deveria ser tomado como se fosse o que diz. Há duas razões para isso: (a) quanto mais perfeita é a ilusão, tanto mais real parece o mundo que pinta; (b) se, no entanto, a ilusão é perfurada e assim se revela o que é, o mundo que ele pinta se converte em um espelho que permite que o mundo referencial fora do texto seja observado.(ISER, 2011, p.113).

A Ilinxestá relacionado com vertigo, disorder na teoria dos games.

é um padrão de jogo em que várias posições são subvertidas, recortadas, canceladas ou mesmo carnavalizadas, como se fossem lançadas umas contra as outras. Visa fazer ressaltar o ponto de vista dos fundos das posições assumidas no jogo.(ISER, 2011, p.113).

No Retábulo de Santa Joana Carolina, narrativa de Osman Lins, é possível verificar a ocorrência de pelo menos duas estratégias de jogo, como definidas por Iser:aalea e ailinx.

Temos a seguinte definição de alea no Dicionário eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa 3.0: lat. alèa,ae ‘dado de jogar; jogo de sorte’; alea jacta estLíngua: latim  fraseologia: a sorte está lançada.

No texto, no entanto, a aleanão representa o jogo de azar propriamente, mas constitui-se da imprevisibilidade dos movimentos do jogo, decompondo, segundo Iser, as “redes de relações semânticas constituídas pelos mundos referenciais e pela recorrência a outros textos”, com elementos de surpresa, aventura ou intuição e pela desconstrução semântica, oque impede que o leitor preveja de imediato os sentidos.

a alea torna aberta a rede semântica formada tanto pelos campos referenciais do texto quanto pela recorrência de outros textos… interfere incessantemente nas posições organizadas de forma antagônica no texto, provocando alterações inesperadas… “explode” o texto, ocasionando uma estruturação imprevisível da sua semântica.” (ISER, 1999, p.111)

Para esta análise, foram destacados do texto Retábulo de Santa Joana Carolina, algumas passagens que contêm elementos de imprevisibilidade, de transgressão da estrutura narrativa, de supressão de regras de leitura tradicionais, linear e sucessiva, a  fragmentação de sentidos e os jogos de palavras.

A fragmentação de sentidos e os jogos de palavras ocorrem na apresentação dos emblemas que antecedem a cada mistério, cuja estrutura é semelhante do primeiro ao quinto mistério.

As estrelas cadentes e as que permanecem, bólidos, cometas que atravessam o espaço como répteis, grandes nebulosas, rios de fogo e de magnitude, as ordenadas aglomerações, o espaço desdobrado, as amplidões refletidas nos espelhos do Tempo, o Sol e os planetas, nossa Lua e suas quatro fases, tudo medido pela invisível balança, com o pólen num prato, no outro as constelações, e que regula, com a mesma certeza, a distância, a vertigem, o peso e os números. (LINS, p. 72)

Esse é o emblema do primeiro mistério, cujos elementos remetem ao Universo em sua amplidão e ordem, porém a presença de uma balança que a tudo regula rompe com a imagem inicial, causando estranhamento.

No sexto mistério há alteração na apresentação do emblema: é um diálogo, cujo tema é a morte. Acontece uma ruptura na forma de texto já conhecida do leitor – é a imprevisibilidade, a surpresa, pois faz desaparecer a estrutura mantida nos cinco emblemas anteriores.

Como exemplo de transgressão (alea) da estrutura narrativa, no sétimo mistério o emblema é apresentado num único parágrafo cujas frases são “transpassadas” por palavras em letras maiúsculas, que embora pertençam ao mesmo campo semântico, desnorteiam a leitura linear e sucessiva. Esse desnortear é característica também da ilinx, que provoca a vertigem e o estranhamento.

Antes do fuso, da roca, do tear, das LÃ LINHO CASULO ALGODÃO LÃ invenções destinadas a estender os fios e cruzá-los, o algodão, TECEDEIRA URDIDURA TEAR LÃ a seda, era como se ainda estivessem imersos no limbo, nas trevas do informe. É o apelo à ordem que os traz à claridade, transforma-os em obras, portanto em objetos LÃ TRAMA CROCHÊ DESENHO LÃ humanos, iluminados pelo espírito do homem. (LINS, p. 89)

Antes do fuso, da roca, do tear, das invenções destinadas a estender os fios e cruzá-los, o algodão, a seda, era como se ainda estivessem imersos no limbo, nas trevas do informe. É o apelo à ordem que os traz à claridade, transforma-os em obras, portanto em objetos humanos, iluminados pelo espírito do homem.

No oitavo e no décimo mistérios, o texto do emblema retoma a forma dos cinco primeiros, mas no nono emblema novamente há alteração, com o texto recuado e ao lado há palavras, em letras maiúsculas, todas do campo semântico da escrita.

Duas vezes foi criado o mundo: quando passou do nada para o existente; e quando, alçado a um plano mais sutil, fez-se palavra. O caos, portanto, não cessou com o aparecimento do universo; mas quando a consciência do homem, recriando-o, portanto, separou, ordenou, uniu. (…) (LINS, p. 98)

Nesse trecho, novamente, nota-se que as palavras destacadas na coluna da esquerda e o texto pertencem ao mesmo campo semântico, a palavra escrita (PALAVRA, CAPITULAR, PALIMSESTO, CALIGRAFIA, HIERÓGLIFO, PLUMA, CÓDICE, LIVRO, PERGAMINHO, ALFABETO, PAPEL, PEDRA, ESTILETE, ILUMINURA, ESCRITA).A apresentação do texto não corresponde ao formato tradicional, pois necessita da inferência de sentidos das palavras destacadas para se constituir em emblema. Por essa característica da manutenção do campo semântico, insere-se na estratégia alea, mas a inovação do formato do texto é a ilinx, que desconcerta o sentido da narrativa.

No décimo primeiro mistério, o emblema inicia com uma adivinha “o que é, o que é?”, alternado novamente a forma de apresentação e finalmente o último mistério difere dos anteriores por não apresentar o emblema. Novamente ocorre a ‘surpresa’, elemento característico da alea, pois o leitor acompanhou cada emblema, construiu seus sentidos, e logicamente aguarda pelo último, que não aparece, o que causa a sensação de perda do controle, de perda do “jogo”.

Além desses elementos de imprevisibilidade e ruptura, a intertextualidade também está presente na alea, não como “o único ou exclusivo jogo da intertextualidade, mas sem a geração de acaso não haveria aquela multiplicidade de combinações que permeia o entrelaçamento de textos (ISER, 1996, p.317)

Um dos exemplos de intertextualidade no Retábulo de Santa Joana Carolinaestá na presença de características e referências aos signos do zodíaco, tanto nos emblemas quanto no texto da narrativa.

a)    Primeiro mistério: “a balança… que regula… a distância, a vertigem, o peso e os números” (p. 72), referindo-se ao signo de libra.

b)    Segundo mistério: “É em novembro… o pé erguido sobre os escorpiões…” (p.74), uma alusão ao signo de escorpião.

c)     Terceiro mistério: “…uma toalha de crochês, com figuras de centauros […] A noite de dezembro…” (p.76), representa o signo de sagitário.

d)    Quarto mistério: a menção a “… couro e chifres” (p. 78) o que pode ser uma alusão ao bode, de longos chifres, além de situar a narrativa em “esse calor de janeiro”, induzem ao signo de capricórnio.

e)    Quinto mistério: o elemento do emblema é a água e um “peixe imenso”, remetendo ao signo de aquário.

f)      Sexto mistério: embora no emblema não haja uma referência direta ao signo que, por ordem seguiria, que é o de peixes, no texto o narrador diz que está com “A vara de pescar no ombro, feixe de peixes na mão…” (p. 85) e comenta que “tinha um anzol na língua, fiquei mudo, um peixe” (p.87) no sentido de ter sido “fisgado”, o que, figuradamente, pode remeter ao signo de peixes.

g)    Sétimo mistério: o signo é o de áries, com várias alusões à lã e ao carneiro.

h)    Oitavo mistério: faz referência a um touro e ao mês de maio, como o signo de touro.

i)       Nono mistério: referência ao signo de gêmeos, o texto do emblema destaca a palavra gêmeo e o texto da narrativa apresenta dois amantes fugitivos, que em alguns trechos falam juntos: “Somos os amantes…” “Tocamos para adiante, um no encalço do outro…”, “Saímos pelas estradas, às doidas…” (p.99, 100,103)

j)       Décimo mistério: o signo de câncer, representado pelo caranguejo, aparece na fala de um personagem “A velhice é como um caranguejo, não envelhecemos por igual […] (Em Joana, esse caranguejo estendeu de uma vez as suas patas…” (p.107).

k)     Décimo primeiro mistério: há um leão no emblema e o texto da narrativa é situado em agosto, mês do signo de leão.

l)       Mistério final: o texto desse mistério conduz à caracterização de Joana como uma santa, o que pode remeter ao signo de virgem, pela ideia de pureza e santidade.

“… o rosário com que rezou a vida inteira pelos que amou e pelos que a perseguiam.” (p.114)

“Perguntou à filha: ‘Em que mês estamos?’. Desaparecera seu medo de morrer.” (p. 115)

Há intertextualidade,ainda,com o texto bíblico nesse último mistério. No trecho “…todos sozinhos, frente a um grande pórtico através do qual alguém estivesse para vir. Um julgador […] Tarda o Esperado…” (p. 117), a ideia remete ao livro de II Coríntios, capítulo 5, verso 10 onde se lê “… todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.”

Ainda em relação àIlinx, que “permite ao ausente jogar contra o presente e, em tudo quanto está presente, instala uma diferença que faz qualquer elemento que tenha sido excluído reagir contra aquilo que o excluiu… o ilinx é um jogo em que o jogo livre é o mais expansivo possível. No entanto, permanece o jogo livre ligado ao que ele ultrapassa…” (ISER, 1999, p. 112).

As ocorrências de construções imagéticas no texto de Osman Lins podem ser identificadas como elementos da ilinx. Por exemplo, nos emblemas, o texto é construído a partir da ideia de um elemento menor até o todo que o abarca:

a)    das estrelas ao Universo: “As estrelas cadentes… cometas… nebulosas…as amplidões refletidas nos espelhos do Tempo…” (p.72)

b)    da casa à cidade: “A casa… as paredes…um agrupamento de casas faz uma cidade…” (p. 74)

c)     do material ao sobrenatural: “A praça, o templo… diálogos com Deus” (p. 77)

Há, ainda, os símbolos que indicam os narradores em cada episódio:

A parteira é representada por um círculo cortado em cruz (p. 72)

♂Joana é representada por um círculo com uma pequena seta (p. 76)

(Ψ) O dono do engenho é representado por um tridente (p. 85)

() O padre é representado por uma cruz (p.110)

O mosaico é outra característica do ilinx que aparece na construção do texto como “recortes” da vida de Joana. Também o título reforça essa imagem de mosaico no texto, pois Retábulopode ser compreendido como uma “coleção” de figuras que geralmente representam, nas igrejas, passagens da vida de Jesus, como na figura abaixo:

Figura 1 – Retábulo

retabulo

Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/belem3a-basilica-da-natividade

Na capa da edição da Editora Loyola, as figuras geométricas que formam o “mosaico” da vida de Joana:

Figura 2 – livro Retábulo de Santa Joana Carolina da Editora Loyola

livro_retabulo

Fonte:http://www.submarino.com.br/produto/7083817/livro-retabulo-de-santa-joana-carolina#productDescription

A vertigem provocada pela ilinx está presente nos movimentos do texto, que compõem a estrutura, como as transgressões textuais, mas também aparece na narrativa em elementos provocadores de movimentos imagéticos, como por exemplo, em alusão ao vento como “Revolvedor de oceanos, cólera de redemunhos, dos furações, dos vendavais, dos tornados.” (p. 78). Outra “virada” na narrativa ocorre na descrição que Totonha, a mãe de Joana, faz de suas impressões quanto ao prazer sexual que seu marido provoca: “…tão diferente do varão que desposei e que parecia andar no mundo só para aprender artes noturnas… de modo que sempre cedia à sua ordem, me abria igual ao Mar Vermelho diante de Moisés…” (p. 81). A surpresa ocorre porque o que o leitor sabia, pela parteira, é que esse marido mal aparecia em casa e subitamente recebe a declaração do prazer de Totonha; é uma reviravolta no sentido inicial de marido ausente:

Porque o marido, de quem não se sabe o nome exato, e que não tem rosto definido, às vezes de barba, às vezes de cara lisa, ou de cabelo grande, ou curto – também os olhos mudavam de cor -, só vem em casa para fazer filhos ou surpresas, até encontrar sumiço nas asas de uma viagem. (LINS, p. 72)

A vertigem “ataca” o leitor entre as páginas 89 e 91, nas quais a filha de Joana descreve o pavor que mãe e filha enfrentaram numa estrada vazia, de madrugada, sendo seguidas por um estranho

Por cima do ombro, mamãe observava o caminhante e apertava o passo: ele também; diminuía a passada: o desconhecido amolecia a sua; mamãe parava nas imediações de um sítio, de um estábulo, sempre de olho no vulto, fingindo que a viagem acabara: o seguidor imobilizava-se; descemos quase correndo uma ladeira: quando olhamos, vimos que a distância entre ele e nós duas pouco se alterara. Ela dizia: “Enganei-me de hora”. Como quem diz: “Bebi do poço envenenado…(LINS, p. 91)

De acordo com Iser, a façanha do jogo parece estar no fato de “satisfazer necessidades tanto epistemológicas quanto antropológicas” (ISER, 2011, p.118), de maneira que o texto literário consegue “nos estender a nós mesmos”, quando o leitor se apropria de questões que, como ser humano, necessita. A narrativa de Osman Lins, por meio da mobilização de diferentes estratégias de jogo – embora apenas alea e ilinx tenham sido destacadas nessa análise – consegue criar “presença” daquilo que parece “ausente”, proporcionando a satisfação de necessidades das quais o leitor não estava consciente.

Finalizando a análise, o seguinte trecho de Confissões, de Santo Agostinho, pode colaborar com a ideia de que o leitor possui um “mundo” interior, que é o seu referencial e que lhe permite “interagir” com a obra de arte:

17. […] Não foi por nenhum dos sentidos do corpo que atingi essas coisas significadas nestes sons … a não ser no meu espírito. Escondi na memória não as suas imagens, mas os próprios objetos […] Estavam lá [existentes em mim], portanto, mesmo antes de as aprender… Por que as conheci, quando disse: “Sim, é verdade”, senão porque já existiam na minha memória? Mas tão retiradas e escondidas em concavidades secretíssimas estavam que não poderia talvez pensar nelas, se dali não fossem arrancadas por alguém que me advertisse. (SANTO AGOSTINHO,1996, p. 270).

E esse “alguém” que adverte pode ser o texto literário, que permite ao leitor – no processo de interação – encontrar-se no mundo e em si mesmo.

 

REFERÊNCIAS

LINS, Osman. Retábulo de Santa Joana Carolina. In: Nove, novena: narrativas. 4. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

ISER, A. Wolfgang. O jogo do texto. In: JAUSS, H. R. et al. A literatura e o leitor: textos da estética da recepção. 2. Ed. Ver. Tradução Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011, p. 105 -118.

_____. O jogo. In: ROCHA, João Cezar de Castro (org). Teoria da ficção: indagações à obra de Wolfgang Iser. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1999.

_____. O jogo do texto. In: O fictício e o imaginário: perspectivas de uma antropologia literária. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1996.

SANTO AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Nova Cultural, 1996.

http://www.homodiscens.com/home/embodied/ludens_sake/caillois/index.htm

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