Ondjaki é o grande vencedor do Prêmio Saramago 2013

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O autor felizardo deste ano com o Prêmio José Saramago de Literatura foi o prosador angolano Ondjaki com o livro Os transparentes, editado no Brasil pela Companhia das Letras. O evento ocorreu nesta última terça-feira (5), na Casa dos Bicos, em Lisboa.

O Prêmio José Saramago iniciou em 1999 e se tornou um dos prêmios mais prestigiados da literatura, sendo realizado de dois em dois anos, em Portugal. Em sua última edição, a escritora brasileira Andrea del Fuego foi a grande premiada, com o aclamado Os Malaquias, editado, na época, pela Língua Geral, e que lançou este ano seu segundo romance As miniaturas, pela Companhia das Letras.

Ondjaki possui inúmeros títulos em prosa, traduzidos em vários países, como Espanha, França, Alemanha, Sérvia, Polônia entre outros. E trabalha com uma literatura que poderíamos caracterizá-la como de linguagem, com forte apelo à prosa poética e ao experimentalismo estético. As obras do escritor nascido em Luanda, publicadas no Brasil, que podemos destacar são: Os da minha rua (Língua Geral); E se amanhã, o medo (Língua Geral) e Quantas madrugadas tem a noite (Leya). Além de títulos para o público infanto-juvenil como: Ynari, a menina de cinco tranças e O voo dos golfinhos, ambos pela Companhia das Letras.

Capa do livro Os transparentesO valor do prêmio concebido ao escritor foi de 25 mil euros. E uma curiosidade do prêmio que contempla apenas obras ficcionais de língua portuguesa, é que se destina apenas a autores com até 35 anos de idade.

A comissão julgadora deste ano foi presidida por Guilhermina Gomes, que dirige a parte editorial do Círculo de Leitores, fundação que coordena o prêmio; e contou com a escritora Hélida Piñon, a poeta Ana Paula Tavares, a presidente da Fundação José Saramago, Pilar del Río; e pelo poeta e escritor Vasco Graça Moura. Durante o seu discurso, Ondjaki externou suas considerações à Angola: “Este prêmio não é meu, este prêmio é de Angola.” E completou: “Eu não ando sozinho, faço-me acompanhar dos materiais que me passaram os mais velhos. Na palavra ‘cantil’ guardo a utopia, para que durante a vida eu possa não morrer de sede.”

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