Pensando Junto: Açougue Cultural de Brasília – Gabriel Gaspar

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No último Pensando Junto, falamos de alguns livros que foram adaptados para a televisão. Algumas séries eram pouco famosas de livros aclamados, como Pilares da Terra e O Guia do Mochileiro das Galáxias. Outras consagradas por todas as mídias como Guerra dos Tronos e Sherlock.
No entanto, algumas séries esquecidas por mim foram citadas nos comentários e merecem menção especial aqui, como Band of Brothers, Elementary, Dexter e até mesmo The Walking Dead que, apesar de ter como fonte inicial as HQs, é um raro caso em que o livro surgiu depois da série (nesse caso, conceitualmente não podemos dizer que a série é adaptação de um livro, mas que o livro é um complemento à série).
Para mais sugestões, o espaço estará sempre aberto a todos nos comentários.
E agora… Vamos ao açougue!

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Açougue Cultural de Brasília

É isso mesmo, você leu o título corretamente. Em 1994, um homem chamado Luiz Amorim conseguiu comprar o açougue onde trabalhava desde os 12 anos de idade. Até aí é uma bela história de superação, mas… O que isso tem a ver com uma coluna literária? Acontece que o Luiz era um apaixonado por livros e lia muito durante o tempo em que morava nos fundos do açougue, como forma de se entreter.

“Até aí, muita gente gosta de ler”, está se afirmando nosso amigo leitor da coluna, “Por que você não está falando de mim ou de qualquer um de nós?”.

Calma, seu impaciente! Amar ler, todos nós amamos. Mas o Luiz deu um passo adiante. Inicialmente ele colocou uma pequena estante de livros no açougue. Com o tempo, muito esforço e doações de seus clientes, ele criou o Açougue Cultural T-Bone, estabelecimento único que junta carnes e livros.

O amor pela literatura nunca diminuiu e as atividades culturais continuaram crescendo. Mas o projeto que mais me chamou a atenção é a “Parada Cultural – Biblioteca Popular 24 horas”, que consiste em uma minibiblioteca em vários pontos de ônibus de Brasília. As pessoas simplesmente podem pegar o livro, lê-los e devolvê-los em qualquer ponto da cidade.

Vocês notaram que conceito simples e ao mesmo tempo genial. O acesso ao livro é sem burocracia e, enquanto espera o ônibus chegar, ou mesmo durante a sua viagem, o cidadão pode mergulhar no mundo da leitura.

É um projeto que pode desenvolver o hábito de leitura em pessoas que antes não se interessariam pelo assunto.

E o mais interessante é que o índice de perda ou dano aos livros é baixíssimo, mesmo em uma cidade onde as maiores autoridades não costumam dar grandes exemplos de honestidade.

Ponto para o povo. E ponto para o Luiz Amorim por confiar em seu projeto.

Apenas posso parabenizar o empresário por sua paixão e seus projetos. E torcer para que ele sirva de exemplo para outros em diversas cidades. Se deu certo em Brasília, por que não daria certo na sua cidade também?

Agora é minha vez de perguntar. Que outro projeto de incentivo a literatura você já viu e gostaria de divulgar? Há algum em sua cidade?

Ou ainda melhor… Que projeto de incentivo a leitura você faria se tivesse a oportunidade?

Vamos fazer um mundo melhor! E um mundo com mais leitores!

Semana que vem, voltamos com mais um… PENSANDO JUNTO!

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