“Livros não mudam o mundo,
quem muda o mundo são as pessoas.
Os livros só mudam as pessoas.
Mario Quintana”
E se, se simplesmente presidiários fossem mudados pela leitura, se é possível, é.
Se alguém resolvesse que a cada livro lido, um detento reduzisse sua pena. Se houvesse algo assim…
O que você acha?
Pois há. É o Projeto Pipa Literária, iniciado no Piauí.
Nunca questionei o poder transformador das palavras. É por isso, afinal, que escrevo. Acho fantástico que essa ideia esteja tomando proporções grandes. Nunca achei que com severos castigos se conseguisse algo. Pelo contrário: a Secretaria Estadual de Justiça do Piauí entendeu que com a leitura, presidiários acabariam se tornando, involuntariamente, menos agressivos e depressivos, diferente do que acontece com a punição.
Além disso, o incentivo para que leiam está na redução da pena. Não é grande coisa, começa a eliminar semanas, para que leiam realmente muitos livros. Logo no término de cada leitura, são obrigados a fazer uma resenha, para que seja avaliada e decide-se se o livro foi realmente lido ou não. É um processo que tenciona ser rigoroso. Mas bom. Bom.
Ao falar com tanta rapidez talvez eu não consiga mensurar o que é esse projeto, nem o quanto é significativa a postura do Estado. Pois, desta vez, conseguiram chegar à causa do problema. Não importa o quanto governar seja legítimo, com violência não se faz nada. Só os livros podem mudar o mundo. Os livros são solução para tudo. Ler faz da gente, gente incrível. Todo o mundo poderia ser incrível.
Meus sinceros parabéns ao estado do Piauí! Nos meus meros 17 anos de vida, essa foi uma das coisas que me fez gostar mais do meu Brasil. Me dá esperança. Me diz que nem tudo está perdido. Me faz apostar que o mundo tem solução. Obrigada, Piauí.
Mais informações sobre o projeto aqui.