Olá, amigos! Hoje em Poesias Pensadas trago para vocês um relato de experiência! Como todos sabem, dia 30/07 comemoramos dia do poeta Mario Quintana. Mario de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete (RS), no dia 30 de julho de 1906, quarto filho de Celso de Oliveira Quintana, farmacêutico, e de D. Virgínia de Miranda Quintana. Com sete anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio do Povo. Seus pais ensinam-lhe, também, rudimentos de francês. Após essa pequena biografia (obrigada tio Google) eu quero contar para vocês uma experiência vivenciada em sala de aula.
Todos sabem que procuro fazer o possível para que os meus alunos passem a ‘gostar’ de ler. Alguns já possuem o hábito, pois têm pais leitores em casa, mas alguns, simplesmente, odeiam. E a poesia, onde ela entra nessa história toda? Aí já são outros quinhentos. O gênero poético encontra ainda muita resistência por parte das crianças e jovens. Há que se ter certo cuidado ao iniciar a apresentação desse gênero literário, pois corre-se o risco de, dependendo do modo como a poesia é apresentada a eles, de que eles detestem poesia para o resto de suas vidas (ou por muito tempo).
Foi então que decidi introduzir esse gênero com Mario Quintana. Decidi, alguns dias antes (antes das férias) fazer o seguinte: dividi-os em pequenos grupos e entreguei para cada participante do grupo uma poesia de Quintana. Cada um dos participantes teve que ler a sua poesia e a dos demais colegas do grupo. Caso desejassem trocar de poema, tudo bem. Mas ao final, cada um teria que escolher uma poesia e depois… Depois veio, para eles, a parte mais gostosa! Após a leitura do poema, cada aluno fez a sua interpretação da poesia. O que sentiu ao lê-la, o que chamou mais atenção, algum verso, palavra, o que desejassem. E, em seguida, eles retrataram esse sentimento através de seus desenhos interpretativos com tinta têmpera.
Ao final, o resultado ficou bem legal. Abaixo, alguns trechos dos poemas de Quintana trabalhados em sala de aula:
Inscrição para um portão de cemitério
Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando nasce – uma estrela,
Quando se morre – uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
“Ponham-me cruz no princípio…
E a luz da estrela no fim!”.
A arte de viver
A arte de viver
É simplesmente a arte de conviver…
Simplesmente, disse eu?
Mas como é difícil?
E, para uma boa ilustração através das palavras, eis uma releitura de um trecho da poesia Poeminha do contra:
Poeminha do contra
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
Mario Quintana
Releitura:
Poeminha do contra
Todos vocês que aí estão
Apreciando o nosso trabalhinho,
Vocês sorrirão,
Nós, sorrisinho.
Turma 51 e 52
Poesias e Pensamentos a todos.