Poesias Pensadas: Mercado de sonhos – Cláudia de Villar

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Quem? Mercado Público de Porto Alegre/RS Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre, o Mercado Público foi inaugurado em 1869 para abrigar o comércio de abastecimento da cidade. Tombado como um Bem Cultural passou entre 1990 e 1997 por um processo de restauração, agregando mais qualidade a sua estrutura e recuperando a concepção arquitetônica original. Com as obras, o Mercado também ampliou o seu número de estabelecimentos comerciais. Além de oferecer bons produtos, procurando praticar uma boa política de preços, o Mercado Público também atua como espaço para manifestações culturais e comunitárias, proporcionando mais qualidade de vida à população. O MC de Porto Alegre foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultura de Porto Alegre (Lei 4.317/77) em 12 de dezembro de 1979. Fonte: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/mercadopublico/default.php?p_secao=4, em 09/07/2013.

Como? Após o episódio de 06 de julho de 2013, com o trágico incêndio ocorrido a necessidade de registrar em versos e sentimentos foi surgindo. Mas como fazer tal relato de um sentimento? Cada gaúcho sentiu de uma forma. Cada brasileiro recebeu a notícia e reagiu de forma particular. O que pode ser trágico para um… Pode não significar nada ou quase nada para outro. Então, como escrever sem parecer egoísta? Não tenho a fórmula certa. Escrever e sentir é pessoal.

Quando? Como podemos reconhecer o momento de “quando” escrever? Talvez quando sentirmos necessidade grande de falar. De gritar. De dizer a muitos. A todos. Ao infinito. Esse é o exato momento de ‘quando’ escrever. Momento de compartilhar. De dividir. De renascer.

Onde? Em qual meio literário devemos nos expressar? Jornal, site, diário, bilhetes, post… Todo e qualquer meio é ideal para se fazer ouvir. De boca em boca se chega não somente na cidade de Roma, mas nos corações dos leitores mais sensíveis.

Por quê? Por que devemos gritar, falar e escrever? Talvez porque dentro de nós há um poeta nervoso. Há um ser que clama por companhia de todos. A poesia pode ser ponte entre mim e você. Entre você e o mundo. Entre eu e o mundo. Entre o mundo e o Mercado Público de Porto Alegre/RS.

Mercado de sonhos

Amanhece o dia
Levanta o sol
Ou cai a chuva
Ou surge o farol
Pessoas que vão
Pessoas que vêm
Almas que surgem
Corpos do bem
Compra
Vende
Troca
Compartilha
Lancha
Janta
Almoça
Divide pensamentos
Espalha ilusões
Une indivíduos
Transforma-os em paixões.
Mercado de sonhos
Mercado de luta
Mercado de ações
Mercado de corações
Como um bom brasileiro
Não foge à luta
Como um típico gaúcho
Coloca o lenço, sobe no cavalo.
Bombacha, bota, espora e garra
Vai para a batalha
Não desanima e nem se assusta
Bagual pra fraco não serve
Pega a cuia e a bomba
Serve um chimarrão e continua
Quem pensa que foi um fim
Cometeu um engano
Mercado Público é assim
Um guerreiro por baixo de todo pano.

Poesias e pensamento a todos.

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