Resenha: A Batalha do Apocalipse – Eduardo Spohr

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“Não há na literatura portuguesa conhecida nada que se compare com A Batalha do Apocalipse.”

José Louzeiro, escritor e roteirista

Louzeiro fez justiça quando definiu o primeiro livro de Eduardo Spohr desta forma. ABDA, para os íntimos, é uma saga épica espetacular. Confesso que aos poucos aquele problema cultural brasileiro de “que é de fora é melhor” está sendo desconstruído em mim, e este livro colabora para isso.

A universalidade da história faz com que ela possa ocorrer em qualquer lugar do globo, mas Spohr escolheu o Rio de Janeiro como anfitriã do enredo, e sem precisar falar de samba ou de futebol mostrou claramente um pedaço do Brasil.

O personagem central é Ablon, um dos dezoito Anjos Renegados, melhor ainda, o líder deles. Apimentando a trama há Shamira, a feiticeira de En-Dor, uma humana que se tornou imortal. Entre eles o destino, Ablon tinha uma demanda que não lhe é conhecida, apenas sabe que está relacionado à batalha do Apocalipse.

Outros personagens riquíssimos nos são apresentados, como os arcanjos Gabriel e Lúcifer, além de Miguel, o príncipe dos arcanjos e regente principal, e ainda Rafael e Uziel, de quem é mais falado em “Filhos do Éden – Herdeiros de Atlântida”. Abaixo dos cinco líderes, há as outras castas de anjos: Querubins, Serafins, Elohins, Ofanins, Hashmalins, Ishins e Malakins. O Anjo Negro é um personagem extremamente misterioso e peça chave para a narrativa. Para abrilhantar ainda mais a obra, há demônios nefastos, que na verdade são anjos caídos, como Apollyon, Samael, Orion, Asmodeus, Bael, Baalzebul, Mammon, entre outros. Poderíamos ainda falar dos deuses etéreos, mais um fato que contribui para a afirmação de que talvez não existam apenas dois lados.

Todos sabem que a batalha final se aproxima, os seres humanos estão envolvidos em uma possível 3ª Guerra Mundial nuclear, o que inevitavelmente seria a extinção da espécie. As sete trombetas do apocalipse começam a tocar uma a uma. Anjos e demônios, aliados ou inimigos, quem saberá o resultado deste embate ao limiar dos tempos? Será o retorno de Yaweh e o julgamento final? Perguntas que acrescem o valor da saga.

“Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano, das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra Medieval, A Batalha do Apocalípse não apenas uma viagem pela história humana – é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, repleto de lutas heróicas, magia, romance e suspense”.

Não recomendado para pessoas desprovidas de filosofar em sua capacidade imaginativa.

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