Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou? Uma letra, um acorde.
Sou um desejo… um suspiro de liberdade
Ou apenas utopia. Uma pequena fantasia.
Como o vento: ora calmo, ora agitado!
Sei lá quem sou? Sei lá! Sou a imagem
De alguém que traçou as linhas da miragem
Que na literatura eternizou! Eu sei lá quem!…
Sou a menina que um dia quis ser pensadora…
Uma amante de todas as artes…
Da vida, aprendiz e leitora…
Sei lá quem sou?! Sei lá! Protestando contra
Um mundo de individualismo e rancor
Sou mais uma gota… sou parte de um oceano de amor.
(Baseado na obra de Florbela Espanca, “Minha culpa”, em “Charneca em Flor”)