No sábado, cheguei ao evento às 12h30min, uma hora antes da mesa em que ia mediar a discussão. Eu sabia que precisava absorver um pouco da energia da Nerd Expo antes de querer participar de qualquer debate. Então, feito ônibus pinga-pinga, fui de staff em staff, vendo o brilho nos olhos dos nerds, passeando pelos corredores com seus sensacionais – e espalhafatosos, diga-se de passagem – cosplays. Depois sentei no auditório e assisti a parte final da palestra do pessoal do Cidade Gamer, gente divertidíssima.
A mesa “Portas da ficção: tentando entender como se criam histórias” contava comigo para mediar e com a presença dos convidados: Alex Guenter (Catacomics), Maicon Tenfen, Leonel Caldela e JM Trevisan (Tormenta). O papo fluiu e o auditório se mostrou participativo – abro aqui um espaço para dizer que o pessoal foi extremamente simpático, pois até riram de algumas piadas minhas. A discussão focou nos temas: de onde vêm as ideias; referências para criação; e trama x personagem.
Ainda no sábado, ao final da tarde, junto com o Juliano Rodrigues, o Felipe Scharamm, a Gisele Corrêa e a Amanda Pimenta, assisti o bate-papo com o escritor Raphael Draccon – que aliás foi questionado sobre a ausência de sua esposa, Carolina Munhóz; mas ele respondeu com bom humor, afirmando que só faltou o convite. Draccon procurou inspirar o público através da sua história, prendendo a atenção do começo ao fim; o que prova que além de um autor sucesso, ele ainda é um exemplo de pessoa.
No domingo, logo depois do almoço, eu estava novamente lá. Dei uma volta entre os staffs – embora não tenha comprado nada, o que me dói o coração, mas esta vida de querer ser escritor acaba me deixando sem dinheiro –, mas logo fui ao auditório. Peguei o final da palestra do Trevisan e do Caldela sobre o RPG Tormenta; e acabei sabendo que o Leonel daria um workshop sobre Estrutura Narrativa pouco depois. Assim que cheguei à sala (do workshop), aproveitei para bater um papo com o pessoal que já estava lá, falando sobre Stephen King e George R.R. Martin; porém não demorou muito e o Leonel Caldela chegou, conduzindo o workshop brilhantemente.
Em meio à oficina, precisei sair, pois tinha a nobre missão de bater um papo com a galera sobre “O que os nerds leem?”, na sala de palestras. Sinceramente, pensei que não teria ninguém para assistir, diante de tantas atrações na Nerd Expo, mas para minha surpresa, havia aproximadamente umas cinquenta pessoas (sou péssimo para calcular este tipo de coisa). Eu e o William Glück, do Homo Literatus; e o Guilherme Frodo, da organização da Nerd Expo, trocamos uma ideia com o pessoal sobre o que é ser um nerd leitor; quais os gêneros preferidos dos nerds; e ao final, indicamos alguns livros que consideramos que todos os nerds têm que ler.
Ao final da tarde, não pude deixar de conferir a palestra de Carlos Ruas, criador do site Um Sábado Qualquer; que além de contar sua história com o site de tirinhas, ainda divertiu a plateia com seu jeito muito bem humorado.
A Nerd Expo 2013 foi um evento épico, deixando saudade e só aumentando a expectativa de que os próximos anos sejam melhores ainda, se é que isso é possível.
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Abaixo, deixei algumas fotos:
Mesa de discussão “Portas da ficção: tentando entender como se criam histórias”. Da esquerda pra direita: Leonel Caldela, JM Trevisan, Vilto Reis, Maicon Tenfen e Alex Guenter.
Parte da equipe do Homo Literatus. Da esquerda pra direita: Amanda Pimenta, Felipe Schramm, Vilto Reis e Gisele Corrêa.
Bate-papo com o escritor Raphael Draccon no palco da Nerd Expo.
Bate-papo “O que os nerds leem?”, no fundo da foto: William Glück, Vilto Reis e Guilherme Frodo.
No palco da Nerd Expo, palestra com Carlos Ruas