Houve um tempo em que acreditei que sempre saberia. Haveria um lugar em minha mente, um canto afastado e sonolento aonde ficavam guardadas as histórias, um lugar para onde eu correria sempre que estivesse entediada, um lugar para me distanciar do resto do mundo e criar meu mundo próprio.
O tempo provou ser diferente, e algumas vezes é frustrante perceber que não vem. Caminhando de um lado para outro, buscando inspiração na chuva, no dia de sol no parque. Descobri que sempre existe aquele dia. O dia em que as histórias ficam sem um final, que você pode até começar, mas não vai chegar ao fim.
Então eu relaxo no primeiro momento, procuro em outro lugar, não encontro, tento dormir, ler, desenhar, ver um filme, qualquer coisa que desperte as histórias adormecidas, mas nada!
Em um ato desesperado eu sento caneta, computador, qualquer coisa. Palavras! E que façam sentido por favor!
E eu escrevo. Não o melhor texto, não algo de que vou me orgulhar, mas o começo, um rascunho sobre quando não sei sobre o que escrever.