Tão bom é sentir o toque do vento
Gelar a face com beijo terno
Sentir o doce e afável momento
Que é a chegada triunfal do inverno
Tão bom é nas tardes vazias
Permanecer num ócio completo
Acompanhado somente das poesias
E daquele vinho predileto
Tão bom é ver a morte do dia
No horizonte aos poucos o sol morrer
Anunciando a imensurável alegria
Que a lua certamente irá trazer
Tão bom é me sentir findado
E no teu corpo infinitamente sepultado.