Tag: Diogo Marins Locci
Uma pin-up
“Ele era perfeito, a não ser pelo fato de não ser um engenheiro. Mães preferem doutores e advogados”, ela ouvia. Lucy C'est si bom estava estirada no sofá de veludo vermelho. O espartilho negro singrava...
Minha lembrança é amarela
Desde os 12 anos, depois da 1ª recuperação escolar, anotei tudo que achava importante à marca-texto. No livro de biologia, donde as fotos de tubarões mordiscavam as fotolegendas, os traços amarelos enfeitavam os parágrafos....
Se desse, eu era fantasma – Diogo Marins Locci
Tem vezes que eu acho que sou um fantasma. Vezes que eu só sei que existo porque a parte de trás do tênis está dobrada, o que irrita o calcanhar. Eu sei que existo...
Crônica: O que deve ser feito com o mal do século – Diogo Marins...
Muito se fala do “mal do século”. Caso não esteja familiarizado com o termo, não tem problema, você com certeza conhece a definição. O mal do século é aquele tempero que quase sempre está...
Crônica: O instante, a chama e o gato – Diogo Marins Locci
A vela consome o ar aos poucos. O ar dá-se à vela sem oposição. A fumaça é o beijo que se consome pelo tempo, fazendo com que suas sobras sejam cheiros e pavio. A...
Crônica: Eu não falo sozinho, então faça questão de me ouvir – Diogo Marins...
Ela quer terminar
Já estão juntos há três anos
Esquece tudo, deita aqui, isso. Bem junto. Quase calmo. Eu sei que já é tarde. Se lembra de quando ainda era cedo? Eu tentei manter sua cabeça...
Crônica: Quero ajuda pra mudar de profissão! – Diogo Marins Locci
É surreal a insistência dos portais online de divulgarem as listas com as melhores e piores profissões do ano vigente. Eu tento passar os olhos e ignorar, mas ver Jornalista em última posição e...
Crônica: Ele deve ser o Bukowski! – Diogo Marins Locci
Chegou uma hora que o cheiro de cigarro passou despercebido por suas narinas. Como se o ar estivesse bem menos sujo, pesado e fedorento do que realmente estava, inspirava fundo também pela boca, absorvendo...
Crônica: Para fora da notícia – Diogo Marins Locci
Dante gostava de seu nome por ele não causar confusão. Quem chegava a seu Vinte de Novembro não precisava procurar pelo Dante da Isabel, da Regina ou da Débora. Pelo Cachorrão, Zóio ou Pele-e-osso....
Crônica: Não sei se estava nu – Diogo Marins Locci
Hoje eu consigo entender que o meu batismo não valeu de muita coisa por eu não lembrar se estava pelado por debaixo da vestimenta branca, de algodão bem grosso, que cobria meu corpo. É...