7 adaptações de livros para o cinema que nunca saíram do papel

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7 adaptações de livros para o cinema que nunca saíram do papel

Já se pegou pensando em como seriam determinadas obras adaptadas ao cinema por tais diretores? Aqui vão alguns projetos que poderiam ter aparecido no cinema, mas nunca tiveram vez

Fazer um filme é um negócio arriscado e envolve muita gente e dinheiro. Entre o brainstorm inicial até a estreia, tudo pode acontecer, inclusive o projeto ser cancelado. Há muitos casos que o filme está prestes a sair do papel, após anos de pesquisa e pré-produção, e um motivo ou outro leva ao cancelamento do projeto.

Selecionei os principais, mais conhecidos do grande público. Ou seja, não é uma lista fechada, nem quer dizer que o filme seria bom ou não.

Espero que todos entendam e se divirtam.

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Coração das trevas, Orson Welles

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Depois de Cidadão Kane, o principal projeto de Orson Welles era uma adaptação de Coração das trevas, de Joseph Conrad. No entanto, o estúdio rejeitou o projeto por várias razões: a estética de contar a história em POV; o orçamento gigantesco – muito por dois desejos do diretor: que as filmagens fossem feitas na África e as mais de cem panorâmicas; o avanço da 2ª guerra mundial e o contexto da época. Como mente criativa, Welles acabou se voltando para novos projetos. No fim, Francis Ford Coppola filmou Apocalise Now e o resto é história.

Dune, Alejandro Jodorowsky

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É provavelmente o projeto literário e cinematográfico mais ousado nunca feito. O chileno Alejandro Jodorowsky passou anos preparando uma adaptação grandiosa para o clássico sci-fi Dune. Nomes como Salvador Dali chegaram a se envolver na pré-produção da obra. O desejo do diretor era ter a banda Pink Floyd na trilha sonora – o que mostra a ambição de Jodorowsky. No entanto, o projeto se tornou inviável devido a expectativa de um filme de dez horas e ao valor final. Para quem quiser ver esboços e afins, você pode baixar o documentário Jodorowsky’s Dune e ver a visão do que poderia ser o filme – algo bem diferente da adaptação feita por David Lynch.

O idiota, Andrei Tarkovsky

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O diretor russo é conhecido por seu cinema existencialista, cheio de cenas belas e metafóricas. Dentre os grandes autores da literatura, o também russo Dostoiévski se encaixa exatamente nessas características. Homem inteligente, Tarkovsky deslumbrou uma possibilidade de criar uma adaptação do romance O Idiota. Porém, por estar fora do circulo hollywoodiano e devido ao valor do projeto, o filme foi sendo protelado e desenvolvido num ritmo mais lento. A morte prematura do diretor pôs um fim a qualquer possibilidade desta adaptação.

Meridiano de sangue, Ridley Scott

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Muitos vislumbram a possibilidade deste projeto, principalmente após o sucesso de Onde os fracos não têm vez filmado pelos irmãos Cohen. Ridley Scott insistiu durante alguns anos para adaptar outro clássico de Cormac McCarthy. Um roteiro foi feito e nomes como James Franco chegaram a ser cogitados para o filme. Mas as questões de violência racial contra os nativos americanos assustaram os estúdios e o projeto foi cancelado.

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O senhor dos anéis, John Boorman

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Muito antes de Peter Jackson criar a trilogia de O senhor dos anéis, John Boorman vislumbrou ainda nos anos 1960 uma adaptação da obra de Tolkien. Um detalhe, porém, chama a atenção: o elenco principal seria composto pelos Beatles. John Lennon como Gollum, Paul McCartney como Frodo, George Harrison como Gandolf e Ringo Starr como Sam. O grupo aceitou a ideia inicialmente. Só que muitas coisas assustaram os estúdios: o valor, o risco e a viabilidade de lucro. No fim, os Beatles se separaram em 1970 e ficou impossível reuni-los para o que fosse.

O pequeno príncipe, Orson Welles

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Novamente ele, Orson Welles, tentou adaptar outra obra literária às telonas – na verdade foram muitos projetos, inclusive uma livre versão de Dom Quixote. Esta, porém, surpreende muito, pois se trata do clássico de Saint-Exupéry, O pequeno príncipe. Welles pretendia fazer uma mistura de stop-motion e animação para recreá-lo de uma forma mais próxima ao livro e chegou a se encontrar com Walt Disney para tanto. No entanto, o diretor demandou controle total da produção e Walt Disney não era do tipo que aceitava outra pessoa no controle.

Fahrenheit 451, Mel Gibson

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No meio da década de 1990, Mel Gibson queria refilmar o clássico de Ray Bradbury para as grandes telas. Mesmo havendo o filme de François Truffaut de 1966, Gibson tinha a ideia de dar uma nova versão ao romance. Em certo ponto, Tom Cruise foi considerado para o papel principal. Segundo fontes, o próprio Ray Bradbury leu o roteiro junto com Mel Gibson e disse que o filme deveria ser filmado, pois “mostraria o quão estúpidos os estúdios podem ser.” Muitas reescritas do roteiro depois, o resultado ainda não agradava e foi lançado na gaveta.

Fontes:
FoxnewsMetalfloss e IMDb.

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