Resenha: Crônicas de Gelo e Fogo – A fúria dos reis – George R. R. Martin (livro 2)

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Antes de qualquer coisa, se você não leu o primeiro livro da série, feche esta resenha (não terão maiores spoilers deste livro dois, mas sim do um).

Em pouco menos de duas semanas, uns doze dias, devorei o calhamaço de mais de seiscentas páginas que é o segundo livro das Crônicas de Gelo e Fogo.

“Uma cicatriz de sangue cruza o céu. Um sinal, o presságio de que o tempo de paz chegou ao fim. O cometa vermelho anuncia o caos. Senhores se autoproclamam reis e encontraram nesse astro a força necessária para marcharem em batalha, indo de encontro ao derradeiro destino. Os Setes Reinos de Westeros estão em fúria, a magia renasce, e já não existem mais inocentes…”

Quando os reis estão em guerra, a terra toda treme!”

Assim como no primeiro livro, Martin mantém o estilo de escrita intimista ao dedicar-se a construir os episódios sob a ótica dos personagens, apesar de manter a narração em terceira pessoa. A forma como escreve, porém, não é pesarosa, mas fluída.

Enredo
Com a morte do rei Robert Baratheon, vários senhores passaram a almejar o poder, pois a filiação do herdeiro do trono, o príncipe Joffrey, foi questionada por Eddard Stark, a Mão do rei Robert, o que lhe custou a vida. Antes que perdesse a vida, no entanto, Eddard enviou uma carta ao irmão do falecido rei Robert, Stannis Baratheon, comunicando-lhe o fato e afirmando que o trono lhe era devido (ocorreu no primeiro livro).
Com todo o alvoroço causado, surgem quatro reis para disputar o trono: príncipe Joffrey, filho do incesto entre Jaime Lannister e Cersei Lannister; Stannis Baratheon, irmão do meio de Robert Barathoen, o rei falecido; Renly Baratheon, irmão mais novo de Robert, mas que se acha merecedor da coroa, pois segundo ele seus irmão não foram feitos para reinar; e Robb Stark, proclamado como rei do norte por seus vassalos. Neste jogo político, a favor do príncipe Joffrey, está a Casa Lannister, uma das mais fortes do reino, defendendo os interesses de Cersei Lannister, a rainha regente, através de Tywin Lannister, pai da rainha.
Do outro lado do Mar Estreito está Daenerys Targaryen, filha do antigo rei de Westeros, Aeris II. De posse de seus três filhotes de dragão, tem o desafio de sobreviver e evitar que olhos gananciosos os roubem de si. Os dragões são sua maior esperança para um dia voltar a sentar no trono de ferro como rainha dos sete reinos de Westeros.

Personagens
Na resenha do primeiro livro (A guerra dos tronos) destaquei três personagens como meus favoritos: Eddard Stark, Jon Snow e Tyrion Lannister. Bom, neste segundo livro Tyrion ganha ainda mais destaque ao ser nomeado por seu pai, Tywin Lannister, como suplente no cargo de Mão do Rei. Jon Snow foi meio decepcionante, pouco desenvolveu-se na trama. Ironicamente, posso dizer que congelou na muralha, espero que isso mude no próximo livro.

Para encerrar, deixo uma frase do Tyrion:

” Na guerra, dissera-lhe o pai um dia, a batalha acaba no instante em que um exército cede e foge. Não importa que continuem a ser tão numerosos como eram no momento anterior, ainda com armas e armaduras; uma vez que fugiram à nossa frente, não retornarão para lutar.”(pg. 502).

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