Machado se destaca no cenário internacional

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“Está cada vez mais forte a ideia de que Machado de Assis foi o maior escritor do mundo fora da Europa no Século XIX”, segundo Jiro Takahashi.

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Em 2015, no Salão do Livro de Paris, a literatura brasileira será homenageada. Para o evento, a editora Global prepara uma seleção de contos de Machado de Assis traduzidos para o francês, conforme noticiou o site Publish News. O escritor academicista Domício Proença Filho, autor de Capitu Memórias Póstumas, romance inspirado em Dom Casmurro, se encarregará dessa seleção. Jiro Takahashi, editor da Global, realizou um feliz comentário: “Está cada vez mais forte a ideia de que Machado de Assis foi o maior escritor do mundo fora da Europa no Século XIX”. Ponto para o clássico da nossa literatura nacional!

Vale lembrar que Machado, apesar de já ser bastante respeitado e elogiado pela crítica de sua época, não teve em vida reconhecimento internacional. Isso se deve ao pouco prestígio da língua portuguesa e à globalização escassa. A crítica norte-americana Helen Caldwell, nos anos 1960, contribuiu para os estudos da obra machadiana e para sua difusão além do território latino, sobretudo com a obra O Otelo brasileiro de Machado de Assis, que propunha uma interpretação em defesa da inocência de Capitu. Também há indícios de que o consagrado diretor Woody Allen seja um leitor de Machado, tendo a temática de Memórias Póstumas de Brás Cubas influenciado um de seus primeiros filmes: Memórias.

E agora teremos o patrono da nossa Academia Brasileira de Letras homenageado em evento literário de Paris, em março do ano que vem. Além disso, a editora Nova Aguilar planeja reunir uma coletânea completa das obras do autor, em quatro volumes, e lançá-la também em 2015. Será uma verdadeira overdose de Machado! Extremamente saudável, diga-se de passagem.

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