De uns tempos pra cá, Jazz vem me chamando atenção, então, resolvi apostar em “Viva Bird – Assassinato em tempo de Jazz”, um livro que já estava algum tempo na minha lista de livros para ler. Esse suspense policial, com muita referência sobre música foi uma boa escolha e devo dizer que consegui aprender um pouco mais sobre a história do jazz.
Evan Horne é um pianista de jazz, que depois de um tempo afastado dos palcos, começa a ensaiar sua volta ao mundo da música, tudo vai muito bem e tem até um CD por vir. O problema é quando seu grande amigo, o policial Danny Cooper, lhe telefona para pedir “ajuda”. Evan, que no passado já havia sido recrutado por Cooper
para resolver casos que necessitavam de um especialista em jazz, já sabe o que lhe espera antes mesmo de atender a ligação.
Dessa vez se depara com algo bem mais perigoso do que antes: um serial killer que parece ter um critério no mínimo curioso, escolhendo apenas como vitimas músicos no “estilo Kenny G.”, que tocam um jazz diluído, mais leve e sem a essência do ritmo, uma coisa totalmente comercial. Outro fato que chama atenção e faz Evan, grande conhecedor de música, ser o conselheiro ideal, é o fato de que o assassino deixa a frase “Viva Bird”, uma expressão famosa na história do jazz, escrito na cena com batom, além de um clássico do gênero tocando ao fundo.
Charlie “Bird” Parker Jr. (1920 – 1955) to
cava sax-alto e foi um dos criadores do bebop, brilhando no meio jazzístico norte-americano dos anos 1940-50. Improvisador de talento insuperável, tornou-se ídolo de uma geração de instrumentistas e interpretes de jazz. Morreu aos 35 anos, de overdose. Nos meses seguintes à sua morte, os muros dos bairros em que costumava se apresentar apareceram pichados com a frase: Viva Bird!
A medida que vai investigando, Evan percebe que a história é muito mais complexa do que se pensava, e que a participação dele para o desfecho de tudo é crucial. Com a ajuda da bela agente do FBI Andie Lawrence, se envolve mais e mais na história do jazz em busca de respostas.
O que realmente chama a atenção no livro, é o grande conhecimento de jazz que o autor, Bill Moody mostra ter. Toda a trama é amarrada com datas, subgêneros, músicas e fatos importantes que apenas um grande apaixonado pode ter, além de uma pontada de critica (disfarçada com tons de humor). O mais legal, é que a história de Evan Horne não acaba neste livro, pois ele é, junto com o universo do jazz, personagem em quase todos os outros livros de Moody.