E lá vou eu falar novamente de um livro do escritor britânico Neil Gaiman, o qual dispensa apresentações.
O Livro do Cemitério conta a história de Ninguém Owens, um garoto que ainda bebê teve a família morta por um assassino misterioso. Quando o tal homem cometia o ato, o menino escapou do berço, foi para a rua e subiu a colina, engatinhando, até o cemitério. Lá, foi pego pela Sra. Owens, que ao entender o que estava acontecendo, escondeu o bebê do homem que vinha atrás dele para o matar. Detalhe, a Sra. Owens faz parte do povo de cemitério, isso mesmo, ela está morta. Depois de muito debater com os habitantes do lugar, fica decidido que eles criariam o bebê. No momento em que alguém questionou como o alimentariam, surgiu um personagem muito interessante, o nem morto, nem vivo, Silas, que se prontificou a ser o guardião do menino até que ele tivesse idade para se virar sozinho.
O que contei da trama é apenas o princípio, nada que roube a magia deste livro incrível do Neil Gaiman.
O estilo do texto lembrou-me muito de As Crônicas de Nárnia, de C.S. Lewis; livro o qual o autor já declarou ter lido várias vezes. A narrativa é ágil e cheia de surpresas.
A história contém vários elementos culturais ingleses, como: os portais ghouls, a dança macabra (uma canção inglesa), os sabujos de Deus e os Jacks ou valetes.
Só mesmo Neil Gaiman poderia escrever uma história que ocorre dentro de um cemitério de um jeito interessante e divertido. Cada vez que o personagem passa por uma lápide, surgem entre parênteses as frases que estão escritas nelas, ganhando teor de comicidade diante da situação.
O livro ainda vem com as ilustrações de Dave McKean, como esta que segue abaixo.
Fica a dica de leitura.