5 anos de Homo Literatus – como você chegou aqui?

0

Nosso site completa 5 anos e nossa equipe conta como chegou aqui

Você já conhecia o site nos tempos desse logo?
Você já conhecia o site nos tempos desse logo?

 

O Homo Literatus completa 5 anos de vida neste mês!
Mudamos de cara umas vezes, a equipe cresceu, entrevistamos autores, cobrimos festivais literários, publicamos contos na Pulp Fiction, arriscamos matérias ligando literatura com o mundo inteiro, estamos criando um Gato chamado Borges, assumimos tretas em forma de texto, vimos colaboradores nossos publicarem seus livros e seguimos rumo à dominação mundial publicando sobre literatura e os mundos que ela abraça.
É uma história escrita pela nossa equipe e por vocês, leitores e leitoras. Parte da nossa equipe revela como passou a escrever com a gente e outras histórias marcantes – a outra parte ainda está perdida em alguma biblioteca e esqueceu da vida por conta da leitura.

Frank Neres

Conheci o Homo Literatus por acaso, há quase dois anos, enquanto buscava dicas de escrita na internet. Agradável surpresa, encontrei um espaço de muita qualidade totalmente dedicado à literatura! No mesmo instante, tive vontade de contribuir com esse trabalho que valoriza tanto escritores consagrados quanto estreantes e que ajuda a ampliar nossa visão sobre as histórias que encontramos pelo caminho. Já perdi a conta dos livros que comprei por indicações do site, das reflexões causadas pelas excelentes matérias e das horas divertidas que passei ouvindo o ’30 Minutos’. Certamente, cinco anos representam apenas o começo de uma bela trajetória!

 

Dayane Manfrere

Tive alguns momentos marcantes desde que me tornei colaboradora, mas dentre todos houve dois principais: me tornar revisora e ter feito minha primeira tradução.

Nas revisões me peguei aperfeiçoando técnicas de escrita e revisão, mas o melhor é descobrir uma infinidade de livros (e quebrar preconceitos de alguns) revisando as resenhas. Na tradução, fiz minha primeira este ano. Traduzir já era uma área em que eu pensava em me profissionalizar e ter tido a experiência no site me mostrou que de fato é uma coisa que gosto e quero muito fazer, foi uma experiência enriquecedora. Na revisão e na tradução, acabei me envolvendo tanto que fui buscar cursos para me aprimorar.

Fora, é claro, o orgulho que sinto de mim mesma vendo as matérias e os textos revisados publicados. Coloquei até no meu currículo a experiência com o site que, pra mim, já é uma profissão.

 

Mario Filipe Cavalcanti

flertei com o HL por um tempo antes de fazer minha investida. aquilo era um mundo de metalinguagem que chamava a atenção de qualquer leitor. textos sobre textos, sobre curiosidades de textos, sobre autores de textos, enfim, o Éden dos devoradores de livros. você sabe, não é? a gente que devora livro faz parte de uma sociedade secreta… já leu o Kundera dizendo isso no a insustentável? é lindo! pois bem, eu queria fazer parte daquela parada mara e fiquei pensando como. até pensei em fazer um texto com um título tipo minha primeira vez com Kundera, acho que o tcheco ficaria um pouco vermelho, mas seria um texto foda. abortei. escrevi sobre um outro tcheco por quem tenho um negócio alucinante no peito: Kafka. falei da Josefina, aquela rata cantora dele. foi show. até hoje escrevo no HL (quero sair não). falando nisso, acabei de descobrir que tenho uma chama por tchecos…, putz!

 

Walter Bach

Conheci o Homo Literatus por acaso no final de 2013, entrei no ano seguinte e minha vida de leitor e redator nunca mais foi a mesma. Há o conhecimento literário envolvido, além da chance de escrever para um público amplo e fora do próprio círculo social, mas meu tempo aqui me deu experiências além disso. Do contato com gente de outros estados ao acesso a leituras que eu demoraria muito para encontrar sozinho, comecei feito um diletante escrevendo sobre o pouco que sabia, lentamente comecei a direcionar meus interesses e buscar um jeito meu de escrever, me surpreendendo com as reações colhidas. É como viajar apenas pelo prazer da viagem e perceber que essa entrega proporciona mais do que qualquer expectativa.

 

Nicole Ayres

Entrei no Homo Literatus de oferecida, depois de mandar um ensaio adaptado que havia escrito, ao me interessar pela proposta do site, e vi o projeto crescer junto com a evolução da minha própria vida acadêmica. A plataforma me possibilitou treinar a minha escrita, divulgar os meus trabalhos e compartilhar a paixão pelos livros tanto com os colegas colaboradores quanto com os leitores, de quem costumo receber um feedback bastante positivo. O Homo Literatus é um espaço acessível, democrático e de qualidade sobre literatura e assuntos afins, cuja importância é popularizar discussões literárias sem recorrer a academicismos e, ao mesmo tempo, sem perder o nível do debate saudável e produtivo. Me sinto bastante orgulhosa em poder fazer parte dessa equipe e participar desse espaço tão agradável, onde aprendemos com e para além dos livros.

 

Paulo Monteiro
Devo ter conhecido o Homo Literatus através de um compartilhamento no facebook. A partir desse dia, comecei a fazer meus acessos diários, ouvir todos os podcasts e assistir aos vídeos do Vilto Reis. Pouco tempo depois eu estava escrevendo algumas resenhas, mas escrevia somente para mim, até que resolvi arriscar enviar uma para o site. Minha primeira resenha foi recusada, mas isso não me chateou de maneira nenhuma, só mostrou que eu deveria estudar e aprimorar a escrita. Então escrevi um texto apresentando Hubert Selby Jr e sua obra Última Saída Para o Brooklyn, que se tornou meu primeiro post. Foi por conta do Homo Literatus que passei a ler Rubem Fonseca – eu não conhecia nada da sua obra, mas foi uma matéria do site que despertou o interesse pelo autor. Por fim, desejo vida longa e próspera ao Homo Literatus. Que o site continue disseminando a palavra da salvação que é a literatura.

 

Juliano Rodrigues Pereira

Bem, o Homo Literatus começou como um convite a exercitar a leitura e escrita fazendo um blog sobre literatura. Não tínhamos a pretensão de ir longe. Mas daí a ficha começou a cair quando nossas postagens, com muito esforço de divulgação, atingiam uma centena de curtidas. Hoje, sempre vejo com um sorriso o fato de uma brincadeira entre poucos amigos, para auxílio próprio, ajudar milhares de pessoas, sendo referência em literatura e veículo para que tantos outros se interessem pelo tema.

 

Fabrício Bittencourt

Deparei por acaso com o Homo Literatus. Na verdade um escritor, Maicon Tenfen, me indicou. Disse que o site era bom e que reunia de tudo sobre o mundo da literatura: resenhas, entrevistas, críticas, crônicas, vídeos. Achei ótimo aquilo que vi e que, principalmente, li. Descobri que aceitavam colaboradores. Como a escrita é algo que sempre me atraiu, falei com Vilto, editor geral do site, mandei um texto, ele gostou e entrei para esse grande time de colaboradores.

 

Nosso logo atual
Nosso logo atual

Dora Carvalho

O site do Homo Literatus pulou na tela do meu computador em uma tarde do verão de 2015. Nesse universo de hiperlinks da internet, fui clicando aqui e ali e, sem procurar nada em específico, de repente, cliquei em algo que me direcionou para um site que não só fala de literatura, mas o faz de maneira inovadora: com diversos colaboradores, de várias áreas de conhecimento, demonstrando suas paixões literárias e autores, sem se preocupar com modismos ou estilos. Quis fazer parte imediatamente dessa espécie de jogo metanarrativo, como diz Umberto Eco, em que várias vozes se articulam e buscam múltiplas referências. Mas o objetivo é um só: levar o prazer da leitura e o tanto que as histórias nos enriquecem de forma a convidar outras pessoas a embarcar em uma viagem universal por meio dos livros.


Luís Beber

São alguns anos de um relacionamento complicado com o Homo Literatus (o “Agá Ele”).

Já o derrubei diversas vezes e também perdi o seu backup. Tive meu IP bloqueado pelo servidor e virei noites alterando seu estilo. Meti a mão no seu PHP, HTML, CSS, JAVASCRIPT. Tudo de birra por não querer lhe escrever. E ainda sinto ciúmes quando alguém decide mexer em seus plug-ins. Não entendo como ele continua aceitando um relacionamento perturbado como o nosso.

E mesmo depois de eu claramente tê-lo trocado pelo jovem 30:MIN, ele sempre continua de braços abertos. Aceita de coração o nosso trabalho duro e em troca nos dá uma chance de fazer a diferença pela literatura.

Claramente é uma relação de amor. Que venham mais cinco anos como estes.

 

Bruno Pereira

Uma comunidade para a troca de ideias literárias. Assim penso o Homo Literatus. Apesar de ter uma participação intermitente nas postagens e estar em dívida com diversos prazos propostos pelos editores, ter a possibilidade de veicular ideias próprias sobre literatura é bastante estimulante. Passei a ler já pensando em como escrever uma resenha.

Penso sempre em uma entrevista do Vilto que vi pouco antes de solicitar o ingresso como colaborador. Ele dizia que a ideia inicial do então blog era forçar um hábito de escrita. Acho que ingressei no site por admirar essa posição e por entender que só se escreve bem quando se escreve muito, e ainda melhor quando se tem a certeza de um leitor.

 

Carolina Prospero

Em meados de 2014, estava numa rotina de escrita constante (uma que nunca mais consegui retomar!), mas muito desanimada com aquilo, pois parecia não me conduzir a lugar nenhum. Decidi que precisava encontrar com quem falar, encontrar quem me ouvisse, um grupo que gostasse do que eu mais gosto de discutir, que é a literatura. E foi assim que cheguei ao site. Escrevi uma análise em que misturava Lolita e Bernardo Carvalho, aprovada pelo Vilto, e desde então colaboro neste espaço (com menos frequência do que gostaria). Hoje, além de escritora, atuo também como revisora, junto com outras pessoas da equipe. São dois trabalhos que me ajudaram demais! O site me anima muito a ler coisas novas, tanto para conhecê-las quanto para escrever sobre elas, e me força a aprimorar minha capacidade de revisão. Adoro fazer parte de tudo isso! Que venham muitos outros anos e muitos outros textos!

 

Márwio Câmara

Acho que o Homo Literatus tem importância fundamental dentro da minha carreira como jornalista especializado no segmento cultural e, sobretudo, literário. Certamente, foi um dos sites onde os meus textos mais se expandiram pelo Brasil afora. Ao mesmo tempo em que fazia parte da equipe de colaboradores no ano de 2013, fui chamado pelos queridos Vilto Reis e Giovanni Arceno para ser o que eles nomearam de Diretor de Conteúdo Crítico. O objetivo seria ajudá-los a profissionalizar a página, que, na época, ainda era vista pelo público como um simples blog literário. Tenho orgulho de fazer parte da equipe desde o seu processo de transição. Conheci e levei amigos queridíssimos para o site. Auxiliei em algumas questões internas, que implicaram na entrada de novos coeditores e na criação de um corpo de revisores para ajudar o caro editor-chefe Vilto Reis, sobrecarregado de tarefas naquele momento.

É emocionante saber que estamos entre os portais mais populares de literatura no Brasil, lido por jovens, adultos, leitores comuns, acadêmicos e pelos próprios escritores. Acredito que o diferencial do Homo Literatus esteja justamente na sua diversidade de formatos, algo incomum para um site fechado unicamente a conteúdos literários. Os responsáveis pela sua engenharia trabalham de forma extremamente profissional e também como uma família. Ninguém é remunerado, mas todos vestem a camisa em prol da literatura. Essa paixão é que nos move a continuar. Somos a resistência. Com tudo que o Homo Literatus se tornou nos últimos cinco anos, não há dúvidas de que somos um dos sites mais importantes de literatura do Brasil. E acredito que existir uma página como essa num país com sérios problemas na educação e onde cada vez menos se valoriza o lugar da literatura nos grandes veículos de comunicação é algo destacável. Um deleite para quem ama a literatura. Em meu caso, um deleite e uma honra, por fazer parte dessa história.

 

Eliane Boscatto

Eu estava então desafiando a mim mesma escrevendo alguns pequenos artigos em outro site, quando recebi um convite para colaborar no Homo Literatus. Já seguia o site pela rede social, mas fiquei surpresa e um pouco resistente, porém acabei aceitando. Tive o grato prazer de tomar conhecimento de outros autores que nunca tinha ouvido falar como Murakami, e de saber que um autor que tinha descoberto recentemente, David Foster Wallace, tinha também alguns admiradores no site, que vem se consolidando com ótimos textos.

Desde que aprendi a juntar as primeiras sílabas, tomei gosto pela leitura, mas não se tornou apenas um mero passatempo, primeiro mexeu com minha curiosidade infanto-juvenil, mais tarde se estendeu para a condição humana, a minha própria condição, onde e como me encaixava no mundo ou porque não me encaixava nele, lia de tudo compulsivamente, li livros que duraram apenas o  momento e li outros que duraram para sempre. Kafka dizia que “um livro deve ser o machado que quebra o mar gelado em nós”. Seja sobre ficção ou realidade, a fronteira entre ambas é muito frágil e não é incomum que se misturem e se confundam, a literatura expõe desde nossos melhores sonhos às nossas piores mazelas, não tem a pretensão de nos ensinar nada, mas nos permite um novo olhar sobre o mundo e acabamos por aprender a fazer perguntas sempre, o tempo todo, à nós mesmos. Ficamos tentados a dissecar a alma do autor, imaginamos  até que ponto o que está escrito faz parte da sua vida, do seu tempo e do seu pensamento, até que ponto o personagem é seu alter ego, e não raro nos envolvemos na história. Só a literatura nos dá essa sensação de contato com outro espírito humano, com sua totalidade, e de maneira atemporal.

Passei um bom tempo sem ler praticamente nada, não tinha mais tempo, a rotina e o cansaço não deixavam espaço para reflexões muito complexas, mas algumas leituras da minha juventude ficaram para sempre em minhas lembranças, deixaram interrogações importantes para minha vida. À partir de 2011, coincidindo com a criação do site, voltei às minhas leituras, mas nunca tive a pretensão de me tornar uma escritora, embora acredite que tenha muito a dizer, ou quem sabe não tenha nada a dizer que já não tenha sido dito. Mas é na literatura que cabem todas as nossas contradições, toda a fantasia, toda nossa grandeza e decadência, e entre tantas almas a serem desvendadas, a jornada é incansável.

Um dos autores da minha juventude, um pensador, que foi considerado muito mais um poeta que um filósofo e responsável por muitos dos meus pontos de interrogação, dizia que é preciso escrever com sangue. Concordo com ele, mas estou longe de escrever com sangue, meu sangue não flui com a facilidade que eu gostaria. “É preciso escrever para não morrer, é preciso morrer para poder escrever”, uma das coisas mais bonitas que já li sobre a arte da escrita (não lembro qual o autor). Seria algo como: é preciso sangrar até a morte para escrever, mas nossa salvação está justamente no ato de escrever.

Não há posts para exibir