Resenha: Crônicas de Gelo e Fogo – A dança dos dragões – George R.R. Martin (livro 5)

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Antes de qualquer coisa, para quem ainda não leu, recomendo as minhas resenhas dos livros anteriores da série:

– Crônicas de Gelo e Fogo – A Guerra dos Tronos – George R. R. Martin (livro 1)
– Crônicas de Gelo e Fogo – A fúria dos reis – George R. R. Martin (livro 2); 
– Crônicas de Gelo e Fogo – A tormenta das espadas – George R. R. Martin (livro 3)
Crônicas de Gelo e Fogo – O festim dos corvos – George R. R. Martin (livro 4)

Em respeito aos leitores, evitarei os spoilers do livro 5, porém em relação aos outros não há como fugir disso.

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Como já sinalizado na resenha sobre o quarto livro da série, O festim dos corvos, este livro não vem após o quarto, mas acaba por acontecer simultâneo ao anterior.

Surpreendeu-me a velocidade com que devorei esta história, apenas oito dias, para que vocês tenham uma noção do poder de envolvimento de George R.R. Martin em seu universo literário.

Enredo
Focando nos personagens não abordados no quarto livro, agora Martin nos traz novamente velhos amigos. Do outro lado do Mar Estreito, ficamos sabendo como Tyrion escapou das mãos da irmã, após matar o pai. Sem nariz, sem honra e sem dinheiro, acompanhamos o anão em suas ações para conseguir manter a vida, mesmo diante das reviravoltas que acontecem no decorrer da história. Na muralha, Jon Snow precisa lidar com o duro rei Stannis e sua constante proposta para que ele assuma Winterfel; diante do dever e da honra, o senhor da Patrulha da Noite tem duras escolhas a fazer, pois a patrulha não pode se envolver com as disputas em Westeros, mas Jon também não quer ajudar os assassinos de seu pai. Bran, Holdor, Jojen e Meera continuam para lá da muralha, em busca do corvo de três olhos que há de ajudar Bran, embora de forma muito diferente do que ele espera. Davos Seaworth, o cavaleiro das cebolas e Mão do rei Stannis, é enviado a Wyman Manderly, com o objetivo de conseguir uma aliança, mas ao lá chegar encontra os obstinados Freys. Quentyn Martell vê suas esperanças de chegar à rainha dos dragões cada vez mais ameaçadas, convivendo com a dúvida de que apresentará ele para requerer a Mão de Daenerys. Já a nascida do fogo, vê-se envolta numa delicada teia de assassinatos dentro das muralhas de Meeren, já que os filhos da harpia matam nas sombras da noite. Se no interior da cidade a situação é delicada, pior está do lado de fora, onde há a constante ameaça de uma guerra a qualquer momento, pois as outras cidades livres sentem seu comércio de escravos ameaçado pela figura de Daenerys Targaryen.

Personagens
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Poucos escritores conseguiram criar tantos personagens cativantes num mesmo livro, como George R.R. Martin. Mas vamos aos meus preferidos deste quinto livro:
Acredito que sempre que o Tyrion estiver no livro, ele será citado, o anão é simplesmente fantástico. A Daenerys também está em alta neste quinto livro; além de começar a lidar com uma certa paranoia, digna da filha de Aerys Targaryen, o rei louco. E como não falar do Jon Snow, cada vez mais acuado pelas responsabilidades, faz com que o leitor fique torcendo para que ele abandone a muralha e assuma Winterfel.

Eu achei o Martin no livro
Algo que me ocorreu enquanto lia o livro é que o Martin está na história; ao menos, se não é ele, mas quem ele gostaria de ser. Tyrion Lannister, o personagem que troça com todos, é muito inteligente e um grande leitor. Na minha concepção, é o próprio autor se projetando.

Para finalizar, digo que vou esperar ansiosamente pelo lançamento do sexto livro, mesmo sabendo, infelizmente, que ele deverá sair somente em 2014; mas não custa torcer que os ventos sopre este prazo para mais perto de nós.

“- Um leitor vive mil vidas antes de morrer – disse Jojen. – O homem que nunca lê só vive uma”.

 

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